A Prefeitura de Guarapuava é uma das quatro do Paraná que mais gastam com a folha de pagamento, comprometendo 40% da receita líquida nesse setor. Também estão nesse ranking as prefeituras de Colombo (48,5%), Cascavel (47,5%) , Foz do Iguaçu (46,5%) e Ponta Grossa (43%). Os números foram mostrados pelo jornal Gazeta do Povo, edição de ontem, domingo (13). Essa situação explica até certo ponto porque o prefeito Fernando Ribas Carli não concede reajuste salarial ao funcionalismo público municipal, conforme vem lutando o Sindicato da categoria, o Sisppmug. O limite prudencial tolerado pela Lei de Responsabilidade Fiscal é de 51,3%, podendo chegar ao máximo de 54%.
Para o consultor Sir Carvalho, fundador do Observatório Social do Brasil, em entrevista à GP, os números escondem o inchaço nas prefeituras. “As máquinas estão inchadas, mas infelizmente não de efetivos. São muitos comissionados. Além disso, há muita terceirização de serviços fundamentais, e isso não entra no pagamento de salários”, avalia.
De acordo com o Sisppmug, em Guarapuava há 150 cargos comissionados com assessores recebendo salários superiores a R$ 4 mil , além de grande número de estagiários.
O alto valor dos atuais custos com pessoal, segundo observou a GP, vai impedir que seja concedido reajuste salarial em 2012. Apesar de ser um ano eleitoral, a legislação permite essa possibilidade até 180 dias antes das eleições, ou seja, até abril. Depois disso, é permitida apenas a reposição da inflação, sem aumento real.