Presidente da Agrária lamenta condições precárias das ruas de Entre Rios

Por Cristina Esteche com foto de Rogério Thomas

Transitar pelas ruas do distrito de Entre Rios, em especial pela Colônia Vitória, sede do complexo industrial da Cooperativa Agrária, é um desafio. Sem manutenção, os cerca de 25 quilômetros de pavimentação asfáltica na Vitória se transformaram em buracos. Com os outros 25 quilômetros nas colônias Samambaia, Jordãozinho, Socorro e Cachoeira a situação não é diferente. Além disso, a PR 540, rodovia estadual que interliga as colônias também está em precárias condições de trafegabilidade.

“Esse estado em que se encontra o distrito de Entre Rios é lamentável. O lugar onde se trabalha, onde se produz investimentos está abandonado. Recolhemos nossos tributos, mas não temos o devido reconhecimento”, disse o diretor-presidente da Agrária, Jorge Karl à RSN.

O descaso da atual administração municipal em relação os distrito de Entre Rios se arrasta há alguns anos. Até pouco tempo as praças, ruas e canteiros centrais estavam sendo tomados pelo mato, gerando protestos por parte da comunidade. Cansados de esperar, diretores da Agrária decidiram e a Cooperativa passou a fazer a manutenção nas cinco colônias.
“Essa não é a nossa função, mas estamos fazendo, embora paguemos todos os impostos. Fazemos a nossa parte”, ratifica Karl.

A situação de precariedade que assola Entre Rios está prejudicando também o escoamento da produção
“Quando contatamos empresas de transportes o comentário que ouvimos é sobre a precariedade das estradas”, comenta o presidente da Agrária.

Às vésperas de completar 60 anos de implantação da Cooperativa e com uma programação que vai atrair turistas a preocupação fica ainda maior com o estado das estradas de acesso, com as ruas internas e com o visual das colônias.

“Isso aqui está um caos. A Prefeitura esqueceu o distrito que mais gera riquezas para Guarapuava”, diz um dos moradores da Vila Esperança que pediu para que o seu nome não fosse citado. “Sabe como é, depois a gente poder ser prejudicado”, emendou. O cidadão, que mora na Colônia Vitória há oito anos, e que trabalha na Agromalte, reivindica a construção de uma ciclovia.
“Há muitos anos estamos pedindo essa ciclovia. A maioria dos que trabalham pra Agrária vem de bicicleta e o caminho é muito perigoso. Já aconteceram muitos acidentes, mas o nosso pedido não é atendido”, afirma.

De acordo com informações de autoridades que acompanharam o governador Beto Richa até o Centro Cultural Mathias Leh na quarta-feira (19) durante a abertura do WintherShow e o lançamento da indústria de processamento de milho, Richa ficou assustado com as condições da pavimentaçcão asfáltica do distrito.