22/08/2023
Guarapuava Segurança

Presos trabalham no plantio de alimentos orgânicos em Piraquara

Eles são responsáveis pelo plantio, colheita e processamento dos alimentos, que são entregues prontos para o consumo

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Eles conseguem reduzir a pena (Foto: Ascom/AEN)

Presos da Penitenciária Central do Estado – Unidade de Progressão (PCE-UP), em Piraquara, trabalham no plantio de hortaliças e verduras orgânicas produzidas no terreno da unidade penal.

O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Anacleto Ortigara destacou, durante uma visita nessa semana, que o trabalho une dois grandes aspectos. “Um deles é que o detento pode trabalhar, reduzir sua pena, aprender um novo ofício e exercitar a mente e o corpo. De outro lado, entretanto, trazer empresários interessados em ajudar a produzir, ser racional e contribuir para a recuperação da dignidade dessas pessoas que aqui estão”, afirmou o secretário.

Além disso, segundo o secretário, foi possível notar um ambiente propício para ampliação do trabalho. “Discutimos com a equipe da direção sobre estabelecer novas parcerias, visando o pleno aproveitamento racional de grandes áreas que detemos em várias regiões do Paraná. No sentido de transformar esses locais em ambientes de produção, dando oportunidade para os detentos e produzindo alimentos”, disse ele.

INICIATIVAS

Segunda a diretora da PCE-UP, Cinthia Maria Mattar Bernardelli Dias, atualmente dez presos trabalham diariamente na horta. Além dessa iniciativa, a penitenciária possui convênio com outras empresas e, por isso, consegue manter todos os presos ocupados.

“Todos os presos que cumprem pena na unidade de progressão trabalham e estudam em tempo integral. Nosso objetivo é prepará-los ao máximo possível para o retorno e a vida em sociedade”, explicou a diretora.

HORTA

De acordo com a assessoria, no local, os presos são responsáveis pelo plantio, colheita e processamento dos alimentos que são entregues prontos para o consumo. Isso é possível graças a uma parceria, que contrata e qualifica a mão de obra prisional por meio de um convênio com o Estado.

Em contrapartida, os presos recebem ao mês a remuneração de três quartos do salário-mínimo, além de diminuir a pena por meio do trabalho. A cada três dias trabalhados, entretanto, um dia a menos da pena a cumprir.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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