22/08/2023


Mundo

Primeiro museu subaquático do Atlântico é incrível

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Do site Viagem em Pauta

Não bastasse o cenário vulcânico surreal de Lanzarote, esse projeto submarino traz novas perspectivas cenográficas para essa ilha espanhola que fica a mil km da Europa.

Assinado por Jason deCaires Taylor, artista britânico conhecido por suas esculturas no fundo do mar, o 'Museo Atlántico de Lanzarote', nas Ilhas Canárias, abriga obras afundadas que recriam (e discutem) cenas cotidianas como a crise humanitária de refugiados, a era dos selfies e as novas tecnologias.

O museu se localiza na costa sul de Lanzarote, um dos sete destinos das Ilhas Canárias, na Espanha, a 12 metros de profundidade, aproximadamente, e em uma área que abrange 2.500 m².

Esse conjunto de esculturas é considerado o primeiro museu subaquático do Atlântico.

Mais do que beleza cênica e entretenimento para mergulhadores, esse projeto é um alerta para a defesa dos oceanos e servirá de endereço para a criação de um imenso arrecife artificial que ajudará no desenvolvimento de biomassa marinha e na reprodução de espécies de Lanzarote, criando refúgios e um novo habitat.

Descrito pela revista Foreign Policy como o “Jacques Cousteau do mundo da arte”, Jason DeCaires Taylor, em mais de 20 anos de experiência como mergulhador, cria instalações vivas submarinas que propõem uma discussão sobre a consciência ambiental.

Segundo o Centro de Arte, Cultura y Turismo de Lanzarote, um dos apoiadores da iniciativa, Taylor “cria misteriosos mundos submarinos, onde a arte evolui como consequência dos efeitos da natureza”.

A primeira etapa da preparação da exposição, concluída no último mês de fevereiro, inclui seis conjuntos de esculturas como a impressionante “El Rubicón”, formada por 35 figuras humanas, cujos moldes foram feitos com moradores da ilha de Lanzarote.

Os marinheiros abandonados em um naufrágio no Senegal estão representados em “La Balsa de Lampedusa”, obra que faz um paralelo com a atual crise dos refugiados na Europa.

Já “Contenido” propõe uma reflexão sobre o uso das novas tecnologias e a febre da autorreferência, cuja “crua realidade de alguns se converte em espetáculo para os outros”.

Cristina Esteche

Jornalista

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