22/08/2023
Economia

Produção industrial do Paraná tem o maior crescimento do país, diz IBGE

O Paraná registrou crescimento de 11,3% na produção industrial em janeiro de 2013 em relação a dezembro de 2012 – variação no país foi de 2,5% –, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional – Produção Física, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior marca entre os treze estados brasileiros acompanhados pelo órgão.

O resultado positivo em janeiro foi determinado por dez das 14 atividades pesquisadas, com destaque para edição e impressão, veículos automotores, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, borracha e plástico, metalurgia e móveis.

As performances mais expressivas na produção industrial paranaense no comparativo de janeiro de 2012 e janeiro de 2013 foram nos segmentos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (77,1%), veículos automotores (61,4%), móveis (26,2%), bebidas (8,3%), alimentos (7,4%) e madeira (5,5%).

De acordo com o economista e diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Lourenço, o desempenho de janeiro anula a perda de 9,2% no último bimestre de 2012. “O resultado de janeiro indica uma recuperação da produção industrial do estado e a expectativa é que o crescimento continue mês a mês. Isso quer dizer que o estado terá uma sequência de índices positivos na produção industrial do mês comparada ao mês anterior”, disse.

Se comparado com janeiro de 2012, o nível de produção industrial do Paraná registrou queda de 3,9%, contra expansão de 5,7% para o Brasil. No desempenho acumulado em doze meses até janeiro de 2013, o parque manufatureiro regional decresceu 5,5%, diante de queda de 1,9% no complexo nacional. “Na comparação com os mesmos períodos de 2012, a tendência é que os resultados continuem negativos, devido ao fato de que nos primeiros meses do ano passado a produção industrial paranaense estava muito aquecida”, explicou o economista.

Apesar de altas importantes, de janeiro de 2012 a janeiro de 2013, houve queda de 3,9% no total da produção industrial no período. “Isso é explicado pela base de comparação bastante elevada, de janeiro de 2012, quando o setor manufatureiro regional estava bastante aquecido”, relatou Lourenço. Ele ainda ressaltou que o recuo resultou do comportamento negativo de apenas cinco dos 14 ramos investigados: edição e impressão (42,9%), borracha e plástico (10,2%), máquinas e equipamentos (9,4%), celulose e papel (5,3%) e minerais não metálicos (4,0%).

Cristina Esteche

Jornalista

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