22/08/2023
Agronegócio

Produtores aprenderam sobre manejo de pastagem

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A alimentação do rebanho é fundamental para se obter o produto final – seja ele carne ou leite. Aproveitando a época de reposição, os pecuaristas utilizam os meses de dezembro a fevereiro para treinamentos técnicos. Por isso o Sindicato Rural de Guarapuava encerrou os cursos do ano com o curso Trabalhador na Forragicultura – Manejo de Pastagens, realizado através do convênio entre a entidade e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

A instrutora Karina Calil Caparroz abordou temas que vão desde manejo de pragas e doenças à taxa de lotação de área de pastagem. Segundo ela, a dúvida mais freqüente entre os pecuaristas é com relação ao último aspecto: “Para definir a quantidade de animais em área de pastejo, primeiro analisamos a disponibilidade de forragem através da determinação de matéria seca”.

É a partir da quantificação de matéria seca que se determina a quantidade de animais em área de pastagem. A instrutora explica que depois de feita essa etapa é preciso observar o perfil do animal, se é ovino, se é gado de leite ou de corte . O passo seguinte é atentar para o estágio em que o animal está. “Por exemplo, uma vaca em lactação consome 3,5% do peso dela em matéria seca, enquanto que uma vaca seca consome 2,5%. Depois dessa análise, separam-se os animais nos piquetes adequados”.

Karina ainda esclarece que cada espécie de forragem tem uma característica de disponibilidade de nutrientes diferentes e que além de pensar no plantio e na escolha das sementes,o ideal é pensar no sistema como um todo. “No planejamento, dentro da propriedade, antes mesmo de implantar uma área de pastagem ou cercar e subdividir; tenho que pensar a questão do terreno. Atender para distribuição, cuidar para evitar erosão, como arranjar os animais dentro da área levando em consideração o comportamento em pastejo para não causar a degradação ambiental”.

Analisando o planejamento da propriedade, o produtor rural Mario Ribeiro Amaral, participante do curso, disse que terá que arrumar muita coisa na criação de bezerros. “Terei que mudar até o planejamento, mas de primeira já vou corrigir o solo e adubar o pasto para ter um melhor resultado. Antes do curso, acreditava que não era necessária a adubação de pastagem”.

Outro participante, Mário Tomen, veio do município de Palmital para fazer o curso. Ele trabalha na unidade da Seab daquele município e relata que vai contribuir para repassar informações aos produtores. “Todo conhecimento que aprendemos e repassamos ajuda na qualificação dos produtores da região”.

Informações: Sindicato Rural de Guarapuava

Cristina Esteche

Jornalista

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