Um professor de Libras foi visto em um Ford Fiesta Azul com as alunas de nove e 13 anos por volta das 23h30 desse domingo (17) no Distrito da Palmeirinha. Conforme a Polícia Militar, os moradores e o segurança de uma cooperativa denunciaram a situação após perceberem atitudes suspeitas do professor. De acordo com o boletim de ocorrência, o suspeito se recusou a colaborar com a polícia e esclarecer os fatos.
No local, os moradores fizeram a abordagem do carro e esperaram até a chegada dos policiais. Ao chegar, a equipe verificou a situação e percebeu que se tratava de um homem surdo não oralizado de 35 anos. Além disso, com ele, havia duas meninas, uma de nove anos e outra de 13 anos. A adolescente também é surda e não oralizada, enquanto a criança apenas apresenta dificuldade na audição, mas consegue se comunicar com a fala.
Dessa forma, uma policial feminina, conversou com ela para tentar identificar o grau de parentesco entre as partes, os nomes delas, local onde moravam e onde estava a mãe delas. A criança se identificou com três nomes diferentes, disse informações inverídicas de moradia e alegou que o homem era pai dela. Conforme a PM, a criança não soube dizer onde estavam indo e o que estavam fazendo na propriedade.
Uma pessoa que se encontrava no local afirmou que conhecia o avô das meninas e se prontificou para buscá-lo. Em nenhum momento o professor colaborou para fornecer informações para a equipe policial, mesmo os policiais solicitando para que ele escrevesse em um aplicativo celular.
TENTATIVA DE DIÁLOGO
De acordo com as informações do boletim, enquanto a equipe policial tentava dialogar com a criança, o homem fazia sinais para que ela ficasse quieta ou mentisse. Dessa maneira, a menina começou a chorar e a adolescente tentou agredi-la para que ela parasse de chorar e falar.
Na sequência, o avô e a mãe das meninas, também surda e muda, chegaram no local. Assim, houve a possibilidade de identificar os envolvidos. Isso porque, o avô esclareceu que o homem era professor de Libras das meninas. Contudo, nem ele, nem a mãe, conseguiram explicar o que as meninas estavam fazendo com o professor sem a supervisão ou acompanhamento de um familiar, naquele horário e local.
Durante toda a conversa, a mãe ameaçava a criança com gestos para que ela não falasse mais com a equipe policial. Em decorrência da complexidade da situação e de comunicação, todos os envolvidos foram conduzidos para a Polícia Judiciária. Além disso, também compareceram um conselheiro tutelar e uma intérprete de libras.
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