22/08/2023
Educação

Professores ajudarão a definir o número de profissionais nas escolas

A Secretaria Estadual da Educação vai formar uma comissão para elaborar uma nova proposta de porte de escolas. O anúncio foi feito nessa terça feira (8), durante a primeira reunião do novo secretário estadual da Educação, Paulo Schmidt, com a presidência da APP-Sindicato e diretores de escolas de 16 regiões do Paraná. 

O porte é um cálculo com base no número matrículas e serve, principalmente, para definir o número de profissionais para atender cada colégio da rede estadual. A comissão contará com técnicos da Secretaria da Educação, chefes regionais e diretores de escolas. “Queremos que essa nova proposta chegue ao máximo possível da diversidade e da realidade física e pedagógica de cada escola”, disse o secretário Paulo Schmidt. 

Desde 2011, a Secretaria faz melhorias no porte das escolas. Com a resolução nº 4534/2011 houve aumento no número de funcionários administrativos, de apoio e pedagogos nas escolas. No total do Estado o aumento foi de 40% no período.

Outro tema da reunião foram as melhorias no sistema de gestão escolar, especialmente no Fundo Rotativo, programa de repasse descentralizado de recursos públicos para as escolas. O secretário concordou em avaliar a reivindicação dos diretores, que querem normas mais flexíveis. 

Schmidt alertou, contudo, que devem ser seguidas a regras dos órgãos de controle externo, como o Tribunal de Contas, ao qual o Fundo Rotativo está sujeito. “Vamos pensar em como melhorar esta situação. Apesar das limitações, o modelo do Fundo Rotativo é ideal. Os órgãos de fiscalização não separam a escola do Estado, e os diretores, que representam o Estado, devem prestar contas dos recursos públicos”, afirmou Schmidt.

MST: Ainda na tarde da terça-feira (8), o novo secretário recebeu a comissão de educação do Movimento dos Sem Terra (MST), que veio à secretaria ratificar a parceria com o Governo do Paraná no atendimento aos alunos do campo. 

Atualmente são 12 mil estudantes das áreas de reforma agrária atendidos pela Secretaria Estadual da Educação em assentamentos e acampamentos. A visita foi acompanhada pelo Assessor para Assuntos Fundiários do Paraná, Hamilton Serighelli. 

Além da compra de materiais de construção para reformar escolas itinerantes, o Paraná tem vários projetos no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para construção de novas escolas do campo. A previsão é de começar ainda neste ano cinco obras: na Lapa, Mariluz, Quedas do Iguaçu (2 escolas) e Bituruna. Outras unidades estão sendo negociadas para os anos seguintes.

“No Paraná, neste governo, sentimos que há um movimento de construir escolas do campo, diferente do que está acontecendo no resto do país”, afirmou Alessandro Mariano, um dos coordenadores de Educação do MST.

Cristina Esteche

Jornalista

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