A família da venezuelana Hecyuris Blanco deixou a cidade de Guayana, em 2020. E chegou em Guarapuava no início deste ano, buscando oportunidades no Brasil. Na nova fase, eles encontraram muitos desafios como aprender uma nova língua e se inserir em uma cultura diferente. Os filhos dela, Heric e Cristiano Blanco e os sobrinhos Heisler, Aron e Gerlis, passaram por essa mudança repentina e precisaram se adaptar ao cotidiano.
Desse modo, a escola se tonou um espaço para acolhimento e integração das crianças à nova realidade, como explica Edimara Caldas Santos, diretora da Escola Contini. “Então, temos procurado da melhor forma possível, incluí-los na nossa língua. Quando chegamos na escola, adaptamos alguns materiais para o espanhol, para não se sentirem tão deslocados. Além disso, eles não são só nossos alunos, eles fazem parte da família da Escola Contini”.
De acordo com Heric, ele se sente muito feliz aprendendo a nova língua. “Assim, fica mais fácil para conversar com meus colegas de sala. Eu gosto muito da comida daqui e da paisagem”.
PROFESSORA DE ESPANHOL
A professora de espanhol Eleni Alves tem sido fundamental nesse processo. Ela acompanha as crianças para ajudar na adaptação com a língua portuguesa. Para auxiliar a praticar o novo idioma, uma das atividades propostas é a de assistir um telejornal local e fazer a tradução simultânea das notícias do dia.
Portanto, o exercício serviu para entender o que mexe com a vida da comunidade e do Estado.
Eles não tinham muito acesso à TV por conta da barreira linguística. Então, fizemos a tradução do telejornal para eles acompanharem e passamos umas boas horas juntos.
PROJETO BEM-VINDO AMIGUINHO
Conforme Ana Paula Werzel da Rocha, diretora do Departamento de Educação Básica, Heric, o irmão e os primos, não são os únicos beneficiados com esse acompanhamento. O projeto ‘Bem-Vindo Amiguinho’ se estende para outras escolas.
A intenção é receber as crianças imigrantes dando acolhimento e suporte para essa adaptação. Sendo assim, a barreira imposta pelo idioma pode ser superada, destinando profissional qualificado para facilitar o acesso à língua de forma acolhedora e inclusiva. Dessa maneira, contando com o envolvimento da família e de todos na escola: professores, merendeiras, colegas, entre outras.
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