Cuidado, carinho, oportunidade e bem-estar são os princípios do serviço de apadrinhamento que foi lançado hoje (6), em Guarapuava. Crianças e adolescentes que vivem em acolhimentos, agora contam com a oportunidade de ter uma convivência familiar e comunitária. Além disso, o Programa de Apadrinhamento tem como foco aqueles que estão em situação de acolhimento institucional. E podem ter pouca ou nenhuma chance de retornar para as famílias de origem ou de adoção.
Atualmente, existem três tipos de apadrinhamentos previstos no Estatuto da Criança e Adolescente: afetivo, de serviço e o financeiro. Na comarca de Guarapuava, que abrange Turvo, Candói, Campina do Simão e Foz do Jordão, estão vigentes o apadrinhamento de serviço e o financeiro.
Conforme a juíza Rafaela Zarpelon, atuante na Vara da Infância e Juventude, o chamado apadrinhamento de serviço é quando o padrinho ou madrinha se cadastra com o interesse de oferecer serviços ou conhecimentos. Uma aula, uma pintura ou melhoria de estrutura no abrigo, por exemplo. Já o apadrinhamento financeiro é o custeio de alguma despesa. Nos dois casos, os voluntários não vão necessariamente conhecer os afilhados.
Com esse programa buscamos incentivar a sociedade para que contribua com as crianças, adolescentes e jovens que vivem em situação de vulnerabilidade. A união de esforços dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário resultou da lei municipal que institui o acolhimento familiar. Queremos resgatar a convivência familiar. Então, o Programa é voltando a atender crianças que vivem em unidades de acolhimento institucional e em serviços de acolhimento.
Futuramente, o intuito é incluir o apadrinhamento afetivo. Assim, possibilitando criar um vínculo de afeto. Desse modo, este apadrinhamento estabeleceria laços de afinidade entre o padrinho e o afilhado, para criar de fato um vínculo entre os jovens. Contudo, isso não precisa ocorrer por exemplo, no caso de bebês, que possuem mais chances de passarem por adoção.
Os interessados em apadrinhar uma criança, adolescente ou jovem podem entrar em contato com a equipe do Família Acolhedora, que fica na rua Presidente Getúlio Vargas, 2077, Centro. O candidato passa por uma preparação.
Além disso, grande parte dos apadrinhamentos ocorre com os acolhidos da Fundação Proteger, que fica na rua Barão do Rio Branco, 1393, no bairro Batel, onde também ocorrem inscrições. Esse é um serviço essencial que ampara crianças e adolescentes de Guarapuava que vivem em situação de vulnerabilidade social.
A Associação Canaã é uma entidade de Assistência Social, sem fins lucrativos, pessoa jurídica de direito privado, hoje denominado OSC (Organização da Sociedade Civil). Desde 07 de dezembro de 1973, a Canaã acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, o local também recebe inscrições.
Tem acompanhamento com psicólogo, entrevistas com assistente social, técnicos do judiciário ou do próprio programa. Por fim, o interessado vai entender qual será o papel dele na vida da criança.
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