*Reportagem com vídeo
O programa ‘Mãos Amigas’, do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) levou apenados para fazer manutenção em colégios estaduais de Guarapuava. Os apenados são da Penitenciária Estadual de Guarapuava – Unidade de Progressão (PEG-UP) e fazem reparos como pintura e jardinagem. Cinco apenados participam do programa em Guarapuava.
De acordo com Paulo Bilek, vice-diretor da unidade prisional, o programa é destaque estadual e diretores das escolas estaduais e toda comunidade escolar, receberam bem a ideia. No município, o ‘Mãos Amigas’ já passou pelo colégios Liane Marta, Bibiana Bittencourt e Prof. Leni Marlene Jacob. O trabalho dos pedreiros, eletricistas e pintores teve boa repercussão nos colégios.
As ferramentas ficam por conta da Secretaria de Estado, que disponibiliza os materiais necessários para cada reparo. Ainda, pelo menos um agente penitenciário acompanha as obras e ao acabar os serviços, leva os homens de volta à unidade prisional. Esses reparos atendem as demandas de cada diretor escolar.
Desse modo, quem passa pelo colégio estadual Bibiana Bittencourt, percebe que o prédio mudou. A escola que fica no bairro Jordão, recebeu uma ‘repaginada’ na faixada. Além disso, serviços de jardinagem. Contudo, a pandemia continua e as aulas presencias estão paradas.
Mas, o colégio já está pronto para receber os alunos, professores e funcionários.
MAIS REFORMAS
Assim, atualmente, o programa ‘Mãos Amigas’ atende o colégio Prof. Leni Marlene Jacob, no bairro Primavera. Desse modo, nessa primeira etapa, os apenados estão roçando o pátio. Além da roçada, estão envolvidos em serviços em hidráulica e pintura de calçadas.
Conforme a diretora Dilce Scandolara Cardoso, o resultado do trabalho ficou excelente. “Foi além das nossas expectativas e deixou nossa escola ainda mais bonita”.
PARANÁ
O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) voltou com as obras no dia 4 de outubro no Paraná após suspensão devido à pandemia. De acordo com a Agência Estadual de Notícias, cerca de 70 presos estão atuando em 10 colégios estaduais de Curitiba e Região Metropolitana, Guarapuava, Francisco Beltrão e Ponta Grossa.
Conforme o diretor-presidente da Fundepar, Alessandro Oliveira, os serviços ocorrem em unidades escolares e imóveis do patrimônio público pertencentes à Secretaria de Estado da Educação e do Esporte.
O programa é uma oportunidade para a ressocialização. Ao atuarem na conservação e na manutenção dos espaços escolares, os detentos têm a chance de participar ativamente, de contribuir para a sociedade.
ECONOMIA
Além disso, o projeto também contribui com a economia de recursos públicos. Isso porque cada dia trabalhado reduz o tempo do preso no sistema prisional. Os detentos estão em regime fechado com progressão de pena, trabalham ou estudam fora. Entretanto, dormem na prisão. Há também custo reduzido na mão de obra e na aquisição de materiais para o programa.
A estimativa do programa apontou uma economia de R$ 9 milhões desde a implantação em 2012 até o ano passado. Já passaram pelo programa mais de 600 presos. E o índice de reincidência é zero. Por fim, o ‘Mãos Amigas’ é desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio de parceria entre o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar) e Secretaria de Estado da Segurança Pública. E ainda, pelo Departamento Penitenciário (Depen), e pela Paranaeducação.
Confira as obras do programa no colégio Prof. Leni Marlene Jacob no vídeo abaixo.
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