22/08/2023


Geral Paraná

Programa Ecocidadão Paraná estará presente em mais de 100 municípios até o fim do ano

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Da Redação, com assessoria

Guarapuava – O Programa Ecocidadão Paraná vem transformando o meio ambiente e melhorando a qualidade de vida de centenas de famílias paranaenses. O projeto é promovido pela Sanepar – Companhia de Saneamento do Paraná – e Provopar Estadual, com o envolvimento do Instituto das Águas, prefeituras e associações e cooperativas de catadores de material reciclável e já está presente em mais de 70 municípios paranaenses e até o fim de 2017, serão mais 33 municípios.

Só neste primeiro semestre, o Ecocidadão está sendo implantado em Sertanópolis, Mauá da Serra, Ortigueira, Reserva, Ivaí, Guarapuava, Porecatu, Jaboti, Ribeirão Claro, Quinta do Sol, Borrazópolis, Paranavaí, Tijucas do Sul, Agudos do Sul, Terra Rica, Porto Rico, Santa Isabel do Ivaí, Corbélia, Mariluz, Brazilândia do Sul, Altônia, Nova Santa Rosa, Santa Helena, Céu Azul, Medianeira, Bituruna, Pinhão, Coronel Vivida, Francisco Beltrão, São João, Santa Izabel do Oeste, Campo Largo e Salto do Itararé

Para o agente sócio ambiental, Felipe Silvano Silveira, que há quase cinco anos se dedica ao programa, “não há nada mais gratificante do que ver que todo nosso trabalho e esforço teve impacto no meio ambiente, com a retirada de toneladas de material reciclável que antes poluíam mananciais e esgotavam a vida útil dos aterros sanitários, e hoje reforçam o orçamento de muitas famílias, que antes viviam em situação de extrema vulnerabilidade social.”

Felipe, conta como funciona o programa. “Numa primeira etapa, trabalhamos no levantamento da identidade dos catadores nos municípios parceiros. Procuramos saber da origem de cada um, para podermos aplicar a dinâmica mais adequada. Nesta dinâmica de grupo, procuramos saber como ele se vê e qual sua função no grupo. Esta primeira etapa serve de arrancada para todas as demais etapas e é importante para que os associados se firmem neste empreendimento".

A metodologia usada por Felipe e os outros sete técnicos envolvidos no programa é a CEFE – Competência Econômica para Formação de Empreendedores, cuja ideia básica é a ação de indivíduos que transformem projetos de negócios em empresas lucrativas, melhorando a renda e a qualidade de vida dos associados.

Mas antes que isto aconteça é necessário vencer todas as etapas do programa, que vai desde a revisão dos estatutos das associações, readequando-os a realidade dos associados, até o repasse de equipamentos, como balança, prensa, esteira e outros, para que os catadores possam promover a coleta e a separação do material reciclável com maior proteção, segurança e agilidade.

Felipe informou também que sem os equipamentos e treinamentos adequados os catadores levam muito tempo para separar o material reciclável, que na maioria das vezes vem misturado com lixo orgânico. “E isto provoca o descarte de 30 a 40% de material que poderia ser reaproveitado, o que vem causando o esgotamento de nossos aterros sanitários, além causar uma demora no fechamento das cotas destinadas às industrias”.

Em 2016, a equipe do Ecocidadão III Paraná foi responsável pela retirada de mais de 11 mil toneladas de resíduos do meio ambiente contra 2,5 mil toneladas de rejeitos em 55 municípios. Ou seja é cada vez menor o volume de resíduos lançados nos aterros sanitários dos municípios participantes do programa.

No entanto, vale ressaltar que o sucesso do programa deve-se não só ao envolvimento dos catadores, mas fundamentalmente das parcerias com as prefeituras, tendo em vista que o Ecocidadão promove ganhos não só no aspecto ambiental com o aumento da vida útil dos aterros sanitários e por potencializar a reutilização de materiais no ciclo produtivo, mas no aspecto social tendo em vista que possibilita o aumento da renda das famílias participantes, que tem variado de R$ 800,00 a R$ 1.000,00.

“A gente percebe uma diferença enorme na realidade local dos municípios onde todos apoiam o programa. Os grupos que conseguem aplicar as informações e realizar tudo aquilo que se propõe a fazer, que é o de reciclar o máximo possível de resíduos, com organização, planejamento e uma boa administração, alcançam as metas e todos lucram”, concluiu.

Cristina Esteche

Jornalista

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