Da Redação, com assessoria
Guarapuava – Foi lançado em Guarapuava nessa quinta feira (11) o programa Família Acolhedora. O programa tem como objetivo auxiliar crianças e adolescentes que são afastados temporariamente do convívio familiar de origem.
O programa é uma parceria entre a Prefeitura de Guarapuava e o Poder Judiciário. “A presença de tantas pessoas aqui nos faz ter certeza de que o projeto irá dar certo. E todos podem ajudar a encontrar famílias vocacionadas para a missão de cuidar das nossas crianças e adolescentes. Famílias fortes e com entusiasmo para enfrentar essa missão e ajudar o projeto a dar certo”, disse o prefeito, Cesar Silvestri Filho.
Para a juíza da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Guarapuava, Rafaela Zarpelon, o engajamento da comunidade e do poder público cumpre a responsabilidade e as leis do Estatuto da Criança e do Adolescente. “Temos essa preocupação em comum de garantir o direito da política pública de proteção às crianças e adolescentes. A partir de agora, com o Família Acolhedora, poderemos oferecer um tratamento de melhor qualidade para esse público que está em extrema vulnerabilidade, pois isso só é possível com atendimento individualizado e uma participação ativa de vida familiar e comunitária”, enfatizou.
O programa cadastra e capacita famílias da comunidade para receber em suas casas, por período determinado, crianças, adolescentes ou irmãos em situação de risco pessoal e social. “Família é fundamental para o desenvolvimento de nossas crianças. Esse programa é um exemplo e que trará benefícios afetivos e emocionais que transformarão a vida delas para sempre. Este é um momento de muita alegria para todos”, completou a deputada Estadual, Cristina Silvestri.
Para participar, é preciso ter no mínimo 21 anos, sem restrição ao sexo e estado civil, não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção, residir no mínimo há 1 ano em Guarapuava, participar do processo de habilitação e das atividades do serviço e parecer psicossocial favorável, expedido pelo Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora. “Essas crianças perderam tudo, e as famílias precisam dar afeto e carinho. Precisamos encontrar as pessoas certas para essa missão e todos aqui hoje precisam ajudar a ampliar o número de envolvidos, para que possamos atender todas as crianças de Guarapuava”, destacou o promotor de Justiça, Juliano Marcondes Paganini.
A seleção das famílias inscritas será feita através do estudo e análise de documentação. As famílias selecionadas assinarão um termo de adesão que será homologado pelo Juízo da Vara da Infância e Juventude. “Assumimos esse desafio a partir de hoje e todos que participarão assumirão, junto conosco, em um gesto de amor e solidariedade, o papel de ajudar os acolhidos. Proporcionar a eles uma vida de amor, afeto, carinho e igualdade não tem preço. Esta é uma solução concreta que atenderá e mudará a vida deles”, finalizou a presidente da Fundação Proteger, Eliane De Carli.
Cinco famílias, a princípio, serão selecionadas em Guarapuava. A intenção é aumentar esse número gradativamente, conforme a demanda. Os interessados devem procurar a Fundação Proteger para mais informações sobre o cadastro e a inscrição.