22/08/2023
Educação Guarapuava

Projeto ‘Ações Antirracistas na Universidade’ abre discussão sobre cotas

A Unicentro e a Unioeste são as únicas universidades do Paraná sem cotas raciais. Assim, o projeto debate o tema

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Reunião com os coordenadores do projeto Ações Antirracistas na Universidade (Foto: Arquivo Pessoal)

A Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) são as únicas universidades estaduais do Paraná que não possuem cotas raciais. Assim, a professora Raquel Terezinha Rodrigues do Departamento de Letras da Unicentro, junto com alguns professores das universidades do Estado estão com um projeto de Ações Antirracistas. Além disso, o projeto concorreu com outros cinco na América Latina e ganhou em edital da Unesco.

De acordo com a professora Raquel, o objetivo conta com duas frentes. “São duas ações em uma, o projeto que é vinculado à Unesco é combater o racismo com ações antirracistas. No entanto, aproveitamos as ações como provocação à discussão da política de cotas na Unicentro que está fora desse circuito juntamente com a Unioeste”.

IMPORTÂNCIA

A importância é trazer a discussão para a sociedade. Conforme a docente, essa luta por cotas é de todos. “A luta pelas cotas é coletiva, embora alguns achem que é desnecessária. Ela torna a Universidade mais democrática, pois não dá pra entender o nome ‘universidade’ nesse processo de exclusão”.

O projeto terá a vigência até novembro, e nesse tempo várias atividades estarão em desenvolvimento, trazendo essa discussão para vários meios. “O grupo de leituras se iniciará na próxima semana. Também teremos lives sobre temas pertinentes, ou seja, é bem diversificado, e ainda cada Universidade produzirá dois vídeos sobre nossas pesquisas e produções”.

Segundo Raquel, a luta por cotas se volta para inclusão e não exclusão. Assim, além da comunidade negra, os quilombolas e a comunidade LGBTTQIA+, também podem ser inseridos. “Abordam porque os quilombolas entram como população negra. Mas é possível abranger mais, na pós-graduação em Literatura da Federal de São Carlos eles colocaram cotas para transexuais também. A ideia é inclusão e não exclusão”.

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Cristina Esteche

Jornalista

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