O projeto voluntário Crochetando com Amor, do Instituto Virmond, de Guarapuava, está precisando de doações. A equipe de seis artesãs voluntárias, responsáveis pela produção, necessita de fios para confeccionar os novos polvos, que são utilizados pela equipe do hospital na UTI neonatal. O material necessita ser 100% de algodão. Para o enchimento dos polvos, o material necessita ser de fibra siliconada.
No período dentro das UTIs, os bebês prematuros passam por períodos de fortalecimento e de reclusão nas unidades. Por vezes, ficam dias sem poder ter contato com familiares, nem mesmo com a mãe após o parto. Por isso, durante essa fase, os polvos confeccionados dentro do projeto Crochetando com Amor são os únicos “companheiros” dos recém-nascidos.
No Instituto Virmond, de Guarapuava, 124 bebês passaram pelas Unidades de Terapia Intensiva neonatal de janeiro deste ano até o dia 26 de abril. Cada uma destas crianças, levou para casa todo o amor e acolhida da equipe, por meio do seu “amigo” polvo.
Por permitir que cada recém-nascido permaneça com seu polvo depois de deixar o hospital, a produção precisa ser constante. E hoje a equipe necessita da ajuda da comunidade para a aquisição de fios.
De acordo com a enfermeira Franciele Lopes Pequito, que integra as ações do projeto no hospital, as doações para o projeto podem ser constantes.
“Tendo em vista a rotatividade de crianças na unidade, fios e fibra siliconada sempre são bem vindos. Nós temos um grupo de voluntárias que atua na produção, mas necessitamos de material para que ela possam confeccionar novos polvos. Estamos sem em nosso estoque”.
Ainda de acordo com Franciele, contribuições em dinheiro, de qualquer valor também são aceitas. Para ajudar, é só entregar a doação na recepção do Instituto, no centro de Guarapuava, direcionando à ajuda ao projeto.
“É uma ação linda, a qual nós precisamos da ajuda da comunidade para continuar e dar ainda mais aconchego à essas crianças”, ponderou Franciele.
O PROJETO
A iniciativa teve início na Dinamarca, em 2013. Quatro anos depois, por meio de uma reportagem televisiva sobre o projeto em UTIs no Brasil, a enfermeira Franciele resolveu implantar as atividades também em Guarapuava.
“Senti um desejo muito forte em meu coração de fazer esse projeto aqui, liguei para outro enfermeiro que achou muito interessante. Então, comecei colocar em prática minha ideia, ou seja, produzir os primeiros polvos”.
Em abril de 2018, o projeto Crochetando com Amor completou um ano na entidade. No início das atividades, para divulgar e disseminar à comunidade a ação, Franciele procurou o Portal RSN e consolidou a produção dos polvos.
“Esperamos ter um retorno tão bom quanto naquele início. Toda ajuda é fundamental”.
De acordo com a enfermeira, o intuito da utilização dos polvos junto às crianças é “trazer aconchego e tranquilidade para o bebê prematuro. Em termos médicos, a ação resulta na melhora da frequência cardíaca e respiratória e, consequentemente a saturação. Além disso, a presença do polvo faz com que o bebê se mantenha ocupado em segurar os tentáculos do polvo ao invés dos cabos dos aparelhos ligados ao seu corpo, como sondas e cateter”.