22/08/2023
Região Saúde

Projeto ‘Tô grávida, e agora?’ da Unicentro atende adolescentes

Adolescentes com idade entre 12 e 21 anos que engravidaram ou tiveram filhos durante a pandemia, recebem apoio do projeto em Irati

“Tô grávida, e agora?”, projeto da Universidade Estadual do Centro-Oeste

irati_campus

“Tô grávida, e agora?”, projeto da Universidade Estadual do Centro-Oeste

Projeto da Universidade Estadual do Centro-Oeste atende adolescentes de 12 a 21 anos (Foto: Divulgação/Unicentro)

“Tô grávida, e agora?” é um projeto da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) que vai atender adolescentes em Irati. Portanto, o objetivo é apoiar jovens com idade entre 12 e 21 anos que engravidaram ou tiveram filhos durante a pandemia. Dessa maneira, a iniciativa considera que a gravidez na adolescência traz uma série de mudanças na vida de meninas.

Porém, uma gestação na pandemia tem ainda mais implicações. Consequentemente, a saúde mental e física das jovens é muito impactada, por não terem redes de apoio, em decorrência do isolamento social. A ação é desenvolvida pelo Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e Juventude (Neddij) de Irati. O Núcleo atua nas frentes jurídicas e psicológicas de garantia dos direitos de crianças e adolescentes. Ainda busca a prevenção da violação destes direitos.

Conforme a coordenadora do Núcleo, professora Michele da Rocha Cervo, a iniciativa vai oferecer acompanhamento psicológico e jurídico para as jovens mães.

Percebemos, na escuta a esse público, que muitas questões iniciam com estas gestações e gravidez no período muito jovem. Isso porquê as meninas começam a se responsabilizar pelos cuidados de uma criança, de um bebê. O projeto vai atender essas jovens com orientação sobre seus direitos e sobre aspectos psicológicos emocionais que a própria gestação pode trazer. Contudo, muitas adolescentes não têm uma rede de apoio e um espaço de escuta para suas dúvidas. Não poder falar da transformação que a própria gestação traz pode colocar as meninas em uma condição de vulnerabilidade ainda maior.

O atendimento das jovens gestantes e puérperas poderá ser individual ou em grupo, com duração média de uma hora e meia, uma vez por semana. Portanto, no caso da opção por acompanhamento individual, os encontros poderão ser on-line ou presenciais, caso necessário, seguindo os protocolos de segurança contra a covid-19.

As reuniões em grupo serão sempre remotas. Em ambos os formatos, as atendidas poderão compartilhar experiências, tirar dúvidas e conversar sobre qualquer questão instigada pelas mudanças e adaptações que a gestação traz na vida das adolescentes.

ETAPAS

De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias, o projeto está na fase de divulgação do “Tô grávida, e agora?” nas redes sociais e junto às áreas da saúde e da assistência social de Irati. Em seguida, ocorrerão triagens e os atendimentos às jovens. O projeto pode oferecer a ampliação da rede de apoio, promovendo conversas e encontros com outras jovens que passam por momentos parecidos. Além disso, informar os direitos para jovens gestantes.

A psicóloga do Neddij Irati, Carine Marques, atuará na supervisão dos atendimentos conduzidos pelas estudantes da Unicentro. “A gente entende que o período de maternal não é fácil. Foi criada uma expectativa social de como a mulher tem que se sentir frente a um teste positivo de gravidez. A gente sabe que nem sempre é isso que acontece. Então, podemos auxiliar essas meninas a lidar com todos esses sentimentos sem julgamento e sem culpa.”

COMO PARTICIPAR

As interessadas em participar do projeto “Tô grávida, e agora?” podem enviar uma mensagem pelo Facebook ou Instagram do Neddij Irati. Também podem entrar em contato pelo WhatsApp (42) 9 9970-4418.

Por fim, a equipe fará um cadastro da jovem. E, em seguida, vai conversar sobre o melhor modelo de atendimento, conforme disponibilidade de horários, recursos tecnológicos e opção por acompanhamento individual ou em grupo.

Leia outras notícias no Portal RSN.

Antunes

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.