22/08/2023
Segurança

Promotora alerta para problemas na Cadeia Pública de Guarapuava

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Caio Budel

Após a grande rebelião que ocorreu na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), o Ministério Público de Guarapuava se manifestou sobre o caso e expos a necessidade da revisão de medidas que evitem situações como a que aconteceu nesta semana na cidade.

De acordo com Marcia Broietti, promotora da Vara de Execuções Penais, se o caso da PIG tivesse ocorrido com as mesmas proporções na 14º Subdivisão Policial de Guarapuava, provavelmente a rebelião tivesse vítimas fatais. “Nesta rebelião da PIG nós tivemos êxito ao prezar pela vida dos agentes e do preso. Se o caso fosse na cadeia pública, não seria a mesma coisa”.

Um dos pontos que a promotora aponta como problemático na carceragem atualmente é a superlotação. Diferente da PIG, a cadeia pública está lotada e este foi um dos motivos que desencadeou uma rebelião há menos de um mês em Guarapuava, com duração de 10 horas. “A questão da cadeia ser obrigada a aceitar presos que não são nativos é outro problema. Os que vem de fora, geralmente, são os que não querem nada, e como muitos podem sair da cadeia e não tem família por perto, acabam voltando a cometer crimes”.

Ainda de acordo com Marcia, um processo foi encaminhado para a Secretaria de Segurança Pública (SESP) pela Promotoria de Justiça apontando os problemas  da cadeia pública da cidade. “Nós precisamos urgentemente da definição de competências, nomear quem é responsável pelo que para saber quem investirá em infraestrutura ou quem fará investimento na administração”.

Cristina Esteche

Jornalista

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