22/08/2023
Segurança

Promotoria denuncia seis pessoas por suposto envolvimento em esquema de fraude

A Promotoria de Justiça de Coronel Vivida (região Sudoeste do Estado) ofereceu à Justiça, nesta segunda-feira (10/06), denúncia contra seis pessoas por formação de quadrilha e lavagem de capitais. O esquema seria comandado pelo auxiliar administrativo de uma empresa privada, que de forma sucessiva e reiterada, ao longo de cinco anos, subtraiu, mediante fraude, mais de R$ 7 milhões.

O Ministério Público aponta que um dos denunciados foi contratado por uma empresa de sementes como auxiliar administrativo, ficando, assim, encarregado de emitir cheques e preencher os documentos para pagamentos de diversas obrigações da empresa. “Tendo em vista o vulto de transações da empresa, o volume desses cheques era enorme (…). Sócios e outros funcionários começaram a perceber uma diferença de caixa não justificada, em valores significativos, que se mostrava dissonante com o sucesso dos empreendimentos levados a efeito pela empresa-vítima”, argumenta, na denúncia, a Promotoria de Justiça.

Os cheques subtraídos e fraudados pelo denunciado seriam depositados, por envelope, nas contas bancárias dele próprio, e a diferença na contabilidade crescia mês a mês, conforme ressalta a Promotoria. “O sistema apontava para a existência de dinheiro em caixa, quando, na realidade, esse dinheiro não existia, e tendo a diferença em questão aumentado muito no mês de dezembro de 2012, chegando ao patamar de mais de R$ 300 mil, a empresa-vítima procedeu a um levantamento contábil minucioso, que encontrou uma diferença de aproximadamente R$ 7 milhões”, diz a Promotoria, em trecho da denúncia.

Para ocultação dos valores de origem delituosa, ou seja, obtidos por meio das práticas ilícitas levadas a efeito pelo funcionário da empresa, ele se associou, de forma estável e permanente, com outros cinco parentes seus, comandando e controlando todas as diversas ações que se seguiram, tudo com o propósito de realizar o branqueamento do capital, reinseri-lo no circuito econômico com aparência limpa, evitando uma associação direta deles com os crimes contra o patrimônio cometidos em detrimento da empresa-vítima.

Esfera federal

 

Na denúncia encaminhada à Justiça da Comarca, a Promotoria de Justiça requer, também, seja remetida cópia integral do inquérito policial à Justiça Federal, fim de que se apure a eventual prática, por parte do auxiliar administrativo denunciado, de crimes contra o sistema financeiro nacional, uma vez que há elementos indicativos de que ele atuava como doleiro, efetuando a compra e venda de moedas sem a devida autorização do Banco Central.
 

Cristina Esteche

Jornalista

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