22/08/2023

Proposta do MST ameaça fazenda de Osmar Dias no Tocantins

A companhia do PT e do MST já começa criar embaraços e constrangimentos para o senador Osmar Dias. O coordenador do Movimento dos Sem Terra, Jaime Amorim, disse que, qualquer que seja o presidente eleito, o MST apresentará proposta impondo limite de 500 hectares para as propriedades rurais, sejam elas de empresas ou famílias.
Osmar Dias é proprietário de uma fazenda de 8.325 hectares no Tocantins. Se Dilma Rousseff, candidata a presidente pelo PT, se elege e decide apoiar à proposta dos companheiros do MST, Osmar Dias corre o risco de perder 7.825 hectares, ou 93% da área atual da fazenda Lagoa da Prata, para a reforma agrária.
A propriedade desse imóvel, por sinal, já causou um grande número de incômodos para Osmar Dias. Em 2006 o senador teve de ir a Justiça para processar Roberto Requião, então seu adversário na disputa pelo governo do estado, por injúria, difamação e calúnia. Requião denunciava que a Lagoa da Prata, que teria sido comprada pelo adversário do Bradesco e declarada ao TRE como valendo R$ 2,5 milhões, valeria na verdade R$ 30 milhões.
Mesmo que a proposta do MST não venha a ser encampada pelo PT e seus aliados no Congresso, uma eventual eleição de Dilma Rousseff , aumentaria bastante as chances da fazenda de Osmar Dias vir a ser invadida de acordo com os antecedentes históricos. Com a eleição de Lula, em 2002, houve uma corrida de sem-terra aos acampamentos. Em seis meses, o número de famílias acampadas avançou de 60 mil para 200 mil. O número de invasões também triplicou.
Em 18 de agosto de 2003, alarmado com o aumento das invasões de terra, num período em que ainda não chamava os petistas de “companheiros”, o senador Osmar Dias exigia da tribuna do Senado que os governos estaduais e o federal tomassem providências para agilizar as reintegrações de posse.
“A reintegração de posse é a única forma de fazermos valer o Estado de Direito e a Constituição que está vigorando em nosso País, que não pode ser desrespeitada – como disse o Presidente – nem pelo Presidente da República nem por governadores nem muito menos por aqueles que se organizam em movimentos chamados sociais, para utilizá-los em nome de uma questão política que está muito acima do direito legítimo de ter uma propriedade”, disse Osmar.

Cristina Esteche

Jornalista

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