O crescimento dos partidos de direita, como o PL (Partido Liberal), o PSD (Partido Social Democrático) e o União Brasil, foi notável nas eleições de 2024. Os resultados do segundo turno nesse domingo (27) consolidam esse cenário. Em Guarapuava, o PT saiu derrotado, e o novo grupo eleito sinaliza o desejo de uma mudança significativa no cenário político local.
Com a eleição de Denilson Baitala (PL) para a sucessão do prefeito Celso Góes (CD), uma das estratégias é mudar a Mesa Executiva da Câmara. A intenção é eleger para presidência o que chamam de vereador ‘neutro’. Ou seja, que não faz parte do grupo liderado pelo atual presidente Pedro Moraes (MDB), candidato à reeleição. Em outras palavras, que seja alguém eleito por um dos partidos da base de apoio a Baitala.
Nesse segundo turno, Ponta Grossa passou por uma reviravolta, com o PSDB perdendo espaço para o União Brasil. Elizabeth, que agora se tornou ‘Betinha’, confirmou a liderança e deu a volta por cima. Ela derrotou, já de primeira, o desafeto Marcelo Rangel (PSD). E ainda derrotou a deputada estadual Mabel Canto (PSDB). Já em Curitiba, o PSD superou o PMB, ao eleger o atual vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel. E aí o governador Ratinho Junior derrotou a ‘bolsonarista’ Cristina Graeml. O que evidencia o crescente domínio do governador em vários municípios, a exemplo de Guarapuava, e agora na capital paranaense.
FORTALECIMENTO
Dados do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) e do CNPq, divulgados pelo cientista político Fábio Vasconcellos, mostram que no cenário nacional a ‘direita’ também, saiu mais fortalecida nessas eleições. O Sudeste e o Norte lideraram com uma taxa de hegemonia da ‘direita’ de 0,91. Em seguida, vem o Sul com 0,89.
No Nordeste, onde a direita teve um desempenho mais modesto, a taxa foi de 0,78, mas a direita ainda mantém a maioria nas câmaras municipais. Estima-se que cerca de 4,8 mil câmaras municipais estejam sob controle da direita, abrangendo aproximadamente 142 milhões de eleitores.
RESULTADOS
Em tem muito mais. O PL, liderado pelo ex-presidente Bolsonaro, se destacou ao eleger 510 prefeitos, um aumento de 48% em relação a 2020. O ‘Republicanos’, derrotado em Guarapuava, quase dobrou o controle, passando de 209 para 430 prefeituras. Isso equivale a um crescimento impressionante de 107%. Enquanto isso, o PSD liderou em números absolutos, elegendo 878 prefeitos, com um aumento de 34%.
Esses resultados confirmam a tendência de fortalecimento da direita populista e dos partidos de centro-direita nas bases locais. Além do domínio, tanto nos executivos quanto nos legislativos municipais. A flexibilidade política do Centrão também contribuiu para essa consolidação, permitindo que esses partidos se adaptem conforme os interesses locais.
Com esses avanços, esses partidos devem desempenhar um papel crucial nas próximas eleições nacionais. Pois, vão influenciar não apenas a política local, mas também a direção política do país nos próximos anos.
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