22/08/2023
Guarapuava Segurança

Psicólogo acusado de fraude sexual é preso preventivamente em Guarapuava

Giovani Caetano Jaskulski

Psicólogo acusado de fraude sexual é preso preventivamente (Foto: Reprodução)

*Reportagem atualizada às 12h30 para inclusão de informações da Polícia Militar.

O psicólogo Giovani Caetano Jaskulski, de 53 anos, foi preso preventivamente nessa sexta (30), acusado de fraude sexual e abuso contra pacientes. As denúncias vieram à tona no dia 25 de setembro de 2022, no programa ‘Domingo Espetacular’, da Rede Record.

Na época, o Conselho Regional de Psicologia e o Ministério Público do Paraná afirmaram que investigavam as denúncias. Contudo, duas denúncias haviam ocorrido em março de 2020 por pacientes que moram em Guarapuava. Outras duas pacientes também denunciaram o psicólogo.

Nessa sexta (30), ocorreu a audiência de instrução e julgamento do acusado no Fórum da Comarca de Guarapuava. Nesta audiência foram ouvidas vítima, testemunhas de acusação e interrogatório do réu. Dessa forma, encerrou-se a instrução do processo.

PRISÃO

A Polícia Militar auxiliou o Gaeco no cumprimento do mandado judicial contra o psicólogo por volta das 17h30 dessa sexta (30). O mandado expedido pela 2ª Vara Criminal ocorreu pelo Art. 215 que prevê prisão para suspeitos de ter “conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima”.

De acordo com o advogado de acusação, Marçal Carvalho, o prognóstico é de que Giovani fique preso enquanto existam requisitos previstos em lei para a prisão cautelar preventiva. Ao Portal RSN, o advogado afirmou que segue trabalhando por uma “punição exemplar”.

“Na nossa atuação como representante das vítimas neste processo, entendemos estarem presentes requisitos legais que autorizam a decretação da presente prisão do acusado. E, trabalharemos para que uma punição exemplar e proporcional seja aplicada ao presente caso”.

Conforme a defesa do psicólogo, composta pelos advogados Gabriel Laroca e Raphael Virmond, os fatos não são referentes a audiência dessa sexta (30). Contudo, a defesa afirma que só tem conhecimento de que “os fatos que fundamentaram essa decisão são extemporâneos”. Ou seja, fora do tempo e não se relaciona com o resultado da audiência de ontem.

“A defesa do Sr. Giovani, neste primeiro momento esclarece que não teve acesso à decisão do procedimento cautelar que decretou a sua prisão preventiva. Dessa maneira se resguarda para manifestação posterior”.

DENÚNCIAS

Dois casos de depressão entre primas levaram familiares a buscar ajuda psicológica com Giovane Caetano. Os pais de uma delas, uma adolescente de 16 anos, contrataram um ‘pacote’ com 20 sessões pelo valor de R$ 5 mil. A sobrinha, de 22 anos, já estava em tratamento com ele.

Conforme a mãe da adolescente, quando a filha chegava em casa, sempre contava sobre as técnicas aplicadas na sessões. No entanto, com o passar do tempo, a menina se calou. De acordo com depoimentos das duas pacientes ao ‘Domingo Espetacular’, Giovane pedia que elas ficassem nuas.

Esse ato era seguido por perguntas íntimas e toques no corpo. “Eu achei estranho, mas acabei cedendo. Eu já tinha uma vida adulta e só pensava na minha prima que não tinha nenhum contato com esse mundo”. A iniciativa então foi buscar esclarecimentos com outro profissional da área. “Ele disse que estava errado”.

Todavia, as denúncias só ocorreram quando os pais da adolescente disseram à ela que tinham renovado o contrato para as sessões. “Soubemos que o quadro dela tinha piorado. Mas quando contamos ela começou a chorar e contou tudo”.

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Antunes

Jornalista

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