22/08/2023
Blog da Cris Paraná

PT e Requião Filho superam divórcio e firmam 2026

Decisão coloca Enio Verri na disputa pelo Senado e Zeca Dirceu fica no 'banco de reserva' para eventual segunda vaga

Arilson, Requião Filho e Enio Verri (Foto: divulgação)

A política, como diz o ditado, é como uma nuvem: você olha, ela está de um jeito; olha de novo, e já mudou. Quem acompanhou a saída ruidosa de Requião Filho e do pai dele, Roberto, do PT poderia jurar que o caminho era de colisão. Mas, como noticiou no fim da tarde desta quarta (17) o jornalista Esmael Moraes, o jogo virou. O PT do Paraná não só aparou as arestas, como decidiu, oficialmente, que o deputado será o candidato ao Governo do Estado.

Diferente de suposições ou ensaios, a notícia que o Blog do Esmael trouxe agora é o fato consumado: em reunião nesta tarde de 17 de dezembro, o Diretório Estadual do PT-PR aprovou a resolução que formaliza o apoio a Requião Filho (PDT).

O movimento é claro. Ou seja: construir uma frente ampla no Paraná para dar sustentação à reeleição do presidente Lula em 2026. Participaram do martelo batido o presidente da sigla, Arilson Chiorato, e o diretor-geral de Itaipu, Enio Verri.

Mas o acordo vai além do Palácio Iguaçu. O PT definiu as prioridades para o Legislativo. Com o aval direto de Lula, Verri é o nome indicado para a disputa ao Senado, trazendo o peso da gestão de Itaipu para a campanha. Já o deputado federal Zeca Dirceu também fica à disposição para uma eventual segunda vaga ao Senado, caso a composição da chapa assim exija.

FATOR BELINATI

Como se vê a política de alianças já está nas ruas. Requião Filho revelou ao Esmael que chegou a sondar o ex-prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, para a vice. O líder do Norte, porém, sinalizou fidelidade ao PP de Ricardo Barros. Com isso, o foco da chapa agora se volta para atrair o PSB, buscando consolidar um palanque que rompa o isolamento da esquerda no estado. Isso mostra que, embora a aliança PT-PDT seja forte no papel, a construção de uma “frente ampla” ainda esbarra nas paróquias locais e no poder do atual sistema governista

O diretório estadual, comandado por Arilson Chiorato, sabe que não tem um nome próprio com a densidade eleitoral de Requião Filho. Ele hoje ostenta o segundo lugar nas pesquisas divulgadas frequentemente. Apoiar o “filho do homem”, portanto, é a saída pragmática para não ser apenas um figurante no Paraná. Para Arilson Chiorato, essa aliança é a única forma real de levar o campo progressista ao segundo turno. Além de construir um palanque robusto para Lula e ampliar as bancadas estadual e federal em 2026.

O que se vê agora é o realismo político na forma mais pura. As mágoas da desfiliação ficaram para trás, e o que importa agora é o cálculo eleitoral. Com Requião Filho em segundo lugar nas pesquisas e o PT aparando as arestas, o cenário para 2026 acaba de ganhar um novo e decisivo contorno.

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Cristina Esteche

Jornalista

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