A sessão do julgamento de Luis Felipe Manvailer retornou por volta das 13h25, após intervalo para almoço. A quarta testemunha, das 17 previstas, começou a depor. Até agora, três acabaram dispensadas: dois amigos de Tatiane e Edimar Cunico, perito que fez as fotos do local da morte da morte da advogada em 2018.
Desse modo, o Ministério Público chamou o médico legista do IML Instituto Médico Legal) Guilherme Ribas Taques, o quarto a depor. Este é um dos responsáveis pelo laudo que constatou a causa da morte de Tatiane como asfixia mecânica. De acordo com as informações, ele não foi ouvido anteriormente. Além disso, o perito atua nas necropsias de mortes violentas, em análises macroscópicas. E ainda, faz coletas de exames para análise na capital.
MÉDICO LEGISTA
A acusação questiona se o profissional participou da necropsia e ele responde positivamente. Entretanto, ele não estava em plantão no dia da morte de Tatiane. Mas, foi ao IML de Guarapuava depois de uma ligação. Ao telefone, o assistente informou que se tratava de um caso que precisava de ajuda. No local também estava outro médico legista, de plantão. Guilherme negou saber sobre a movimentação antes da análise do corpo. Ele disse que apenas sabia que o corpo de Tatiane havia saído do IML e voltado da funerária.
Assim, ele afirmou que documentou com fotos as lesões e também coletou materiais para exames. Sobre as lesões no corpo de Tatiane, ele afirmou que pela experiência que tem no IML, as marcas sugerem lesão por esganadura. Por isso, a conclusão do laudo é que a causa da morte foi asfixia mecânica. Além disso, a testemunha reforçou que as conclusões do exame microscópico dão ainda mais força às conclusões dele no exame macroscópico.
Além disso, o médico legista disse que conclusão do laudo da morte por asfixia mecânica, só ocorreu depois que recebeu esse retorno do exame feito no IML de Curitiba. Por fim, antes de finalizar as respostas ao MP, Guilherme diz que pela dinâmica dos fatos e todos os elementos que compõem os exames e o processo, a conclusão mais provável é que Tatiane tenha sido jogada morta da sacada. Depois disso, o MP encerra as perguntas.
DEFESA
Ao assumir a testemunha, a defesa questiona o trabalho do profissional. Desse modo, pergunta de que forma ele constatou qual lesão ocorreu primeiro. Assim, ele explicou que não pode afirmar 100% pelo exame macroscópico que ela estava morta quando sofreu lesões, mas que é um indicativo muito forte. Às 16h, o depoimento do profissional para os advogados de defesa ainda continua, sem previsão de término.
ANDAMENTO DO PROCESSO
O advogado Gustavo Scandelari, assistente de acusação e representante da família Spitzner, faz o seguinte comentário: “Hoje, no segundo dia, apenas uma testemunha foi ouvida no período da manhã. Com base nessa situação, o Ministério Público, por entender que as provas de acusação são mais que suficientes, optou por desistir de ouvir duas testemunhas, com objetivo de tornar o júri menos cansativo e desnecessariamente longo, como deseja a defesa de Manvailer.”
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