22/08/2023
Paraná Saúde

Quase 1.200 pessoas aguardam na fila de espera por um leito no PR

No Brasil, o número de mortes elevado, que corresponde a 20% das mortes pela doença no mundo, mostra novos recordes diariamente

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Paraná tem mais de 1 mil pessoas na fila de espera para leitos (Foto: Gabriel Herdina/Agência F8/Folhapress)

O Paraná é, atualmente, o estado com a maior fila de espera por leitos do Brasil. Dessa forma, 1.185 pessoas aguardavam vagas nessa quarta (10) por espaço nas UTIs e enfermarias. De acordo com informações do Portal Banda B, ontem apenas 48 UTIs estavam disponíveis, mas 567 pessoas aguardam uma vaga. Há cerca de um mês, 45 pessoas esperavam na fila, ou seja, o número aumentou em 26 vezes.

Mesmo com os números alarmantes, o decreto que durou 12 dias e autoriza funcionamento apenas de serviços essenciais passou por mudanças e permitiu a reabertura do comércio e outros serviços como as escolas em modelo híbrido. O toque de recolher das 20h às 5h permanece. Neste fim de semana, só haverá entregas delivery no sábado. Domingo (14), fecha tudo.

A flexibilização das medidas ocorre num momento em que 98% dos leitos de UTI em Curitiba estão ocupados. Na sexta (5), dia do anúncio do governador Ratinho Junior, nenhum dos principais indicadores da pandemia no estado estava melhor do que no primeiro dia de lockdown, em 26 de fevereiro. Conforme Ratinho Junior este tem sido um momento muito difícil.

Ele justificou que é necessária uma oxigenação no comércio, para que não seja tão prejudicado. “O que vai fazer a gente salvar vidas, agora, é a consciência de cada um. Não é um decreto, uma folha de papel, uma assinatura minha que, sozinha, vai salvar vidas, mas sim as pessoas entenderem que estamos na maior guerra de saúde pública dos últimos cem anos”.

BRASIL

Um dos maiores cientistas do mundo Miguel Nicolelis, está alertando diariamente que o Brasil está em uma situação crítica. Conforme a Mídia Ninja, além do número de mortes elevado, que corresponde a 20% das mortes pela doença no mundo, ele reforça que o país é uma ameaça para a saúde também em outros países já que o número elevado de novas contaminações provoca a o surgimento de novas variantes.

Com 70, 80 mil casos novos por dia nós estamos dando a chance do coronavírus de produzir milhões de mutações que vão levar invariavelmente ao aparecimento de novas variantes ou até de um novo vírus. Se houver uma combinação genética nós podemos ser a sede do surgimento do Sars-cov-3.

Desse modo, o país registrou 2.349 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas. Assim sendo o maior número desde o começo da pandemia. Com isso, totalizou nessa quarta (10) 270.917 mortes. Com isso, a média móvel de mortes no Brasil nos últimos sete dias chegou a 1.645, também um recorde. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação atingiu 43%, indicando tendência de alta nas mortes pela doença.

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Antunes

Jornalista

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