22/08/2023

Quatro acusados pela morte de ex-procurador estão sendo julgados

Crime aconteceu em Chopinzinho, mas julgamento está sendo em Guarapuava

cris tribuna

Já são cerca de 15 horas de julgamento no Tribunal do Júri no Fórum em Guarapuava. Sentam no banco  dos réus mais quatro acusados pela morte do ex-procurador do Município de Chopinzinho, Algacir Teixeira Lima. Ele foi assassinado aos 51 anos de idade em março de 2015. O mandante do crime foi o ex-prefeito Leomar Bolzani.

O júri, que começou por volta das 9h da manhã dessa segunda feira (04) e foi interrompido após os depoimentos dos acusados, retomou por volta das 9h desta terça (05) e até às 14h40 ainda não havia terminado.

Estão sendo julgados Darci Aquino, que confessou ter atirado no procurador, dois irmãos que o ajudaram na fuga e o ex-assessor Giovane Baldissera, o “Pardal”, acusado de ter encomendado o crime juntamente com Bolzani, que também irá a júri popular. Ainda não há data marcada para esse julgamento. Ele cumpre prisão domiciliar.

A novidade desta fase do julgamento é que Pardal confirmou que o mandante do crime foi o ex-prefeito. Até então ele não falava nada a esse respeito. Segundo Pardal, uma mãe de santo, que atuava como conselheira espiritual do ex-prefeito, mandou que ele [ex-prefeito] cometesse o crime. Caso contrário, não conseguiria trabalhar. A vítima era conhecida por sua integridade profissional e não permitia que algo ilegal fosse feito. Essa versão também foi confirmada por Pardal durante o depoimento à juíza Helênika Valente de Souza Pinto. O promotor Claudio Cortesia atua na acusação.

Lima foi morto a tiros na frente das filhas quando chegava em casa. Bolzani foi preso na mesma semana suspeito de encomendar o crime. Na época, seis pessoas foram presas suspeitas de participação no assassinato. Dois já estão condenados e os outros quatro estão na fase final do julgmento.

A mãe de santo Elvi Haag Ferreira, já foi julgada em julho de 2016, junto com seu  marido, Darci Lopes de Aquino. O casal foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio qualificado. O júri entendeu que a vítima não teve chance de se defender. O julgamento também foi realizado em Guarapuava. O crime foi encomendado por pouco mais de R$ 6 mil, pago de forma parcelada.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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