O número de aglomerações, principalmente em festas clandestinas, mostram onde está o foco de proliferação da covid-19. De acordo com os boletins policiais, os fins de semana estão sendo marcados por flagrantes de festas, com pessoas sem máscaras.
Conforme o boletim da Polícia Militar desse domingo (30), numa churrascaria 21 jovens se aglomeravam. Havia droga, bebidas e ninguém usava máscaras. Em Curitiba, apesar do ‘lockdown’ decretado, segundo a Agência Estadual de Notícias, aglomerações, comércios abertos clandestinamente, uso de drogas e venda e consumo de bebidas alcoólicas marcaram o fim de semana.
De acordo com a Agência, o trabalho resultou em 44 pontos comerciais fiscalizados, 193 autuações administrativas lavradas e 20 pessoas encaminhadas. Dessas quatro prisões em flagrante e 16 encaminhamentos para Termo Circunstanciado, da noite de quinta (27) a domingo (30).
Situações como essas, confirmam o ‘mantra’ quem vem sendo repetido pelo comércio. “Não é o comércio que é o responsável pelo avanço da pandemia”, afirmaram em uníssono os representantes comerciais de Guarapuava. Eles participaram de reunião virtual com a Prefeitura nesse domingo (30).
Para o representante da Associações Paranaense de Supermercados (APRAS), Maurício Hycy, o setor se mostra solidário com o Município. Entretanto, ele acredita que restringir o funcionamento de uma atividade essencial, como os supermercados, irá apenas criar aglomerações, mesmo com a limitação da capacidade. Por isso, segundo ele, a entidade preocupa-se e crê que a ampliação dos dias e horários de funcionamento são benéficos para a população.
ACIG PEDE BANDEIRA AMARELA
Já a presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (ACIG), Elaine Scartezini, criticou um dos setores do comércio e o responsabilizou pela aglomeração. Todavia após expor as angústias da atividade comercial, voltou a insistir que o comércio não essencial tenha o atendimento flexibilizado. Entretanto, após ouvir as explicações de como vai funcionar a Matriz de Monitoramento que vai nortear novas medidas restritivas, pediu que o prefeito Celso Góes vá para a ‘bandeira amarela’ de imediato.
Todavia, é preciso entender que as cores das bandeiras serão determinadas com embasamento científico. A base da análise pontua-se por dois pilares: números epidemiológicos e a capacidade de atendimento nas UTIs. Portanto, a determinação não ocorrerá de forma aleatória. “Não é como comprar alguma coisa na padaria”, observou o prefeito. Trata-se de estudos com embasamento técnico e científico”.
Já o presidente do Sindicomércio Varejista, Abrão José Melhem, após fazer coro aos pedidos dos colegas, lembrou que as pessoas não estão utilizando máscaras. O líder empresarial se mostrou solidário às iniciativas oficiais e disse que Guarapuava precisa salvar vidas.
Conforme o prefeito Celso Góes, a reunião serviu para apresentar como funcionará as medidas restritivas daqui em diante e pediu a colaboração da classe empresarial. Um novo decreto será divulgado na noite desta segunda (31).
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