22/08/2023
Paraná Política

“Quem está trabalhando deve ficar tranquilo que o salário será integral”, assegura o Estado

Congelamento de salário por 20 anos não tem base legal segundo governo

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Professores saíram às ruas para pedir reposição salarial (Foto: Arquivo/RSN)

A “queda de braço” entre parte do funcionalismo público estadual e o governo continua. Entretanto, nesta sexta (28) o governo contesta o que chama de “pós verdade”. Trata-se de uma referência a entendimentos que ganham espaço em redes sociais e grupos de whatsapp. Um deles é que os salários ficarão congelados por 20 anos.

De acordo com a APP-Sindicato o Projeto de Lei Complementar 4/2019 cria condições que inviabilizam o pagamento de reposição salarial, entre outros benefícios e que os salários serão congelados por 20 anos.  Entretanto, segundo o secretário estadual de Comunicação e Cultura, Hudson José, isso não procede. “Não existe base legal para esse congelamento. É um delírio absoluto”.

Outro ponto que vem sendo disseminado e que é não é verdadeiro, segundo o Governo, é a respeito dos descontos pelos dias parados. Informações dadas ao Portal RSN são que só serão penalizados os funcionários que estão sem trabalhar por conta da paralisação. Estes também terão que repor atividades. “Quem está trabalhando deve ficar tranquilo que o salário será integral”, assegura o Estado.

‘VAMOS TRABALHAR COM QUEM FAZ DIÁLOGO’

Governador Carlos Massa Ratinho Júnior (Foto: RSN)

Porém, de um lado a APP-Sindicato e outras entidades, insistem em dizer que o movimento cresce a cada dia. De outro, o Governo confirma a fragilidade do movimento. A APP diz que cerca de 85% das escolas estaduais aderiram ao movimento. Entretanto, na conta do governo, o percentual de adesões não passa de 3%.

Ainda assim, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) deliberou ato público na segunda (1), saindo às 9h da Praça Santos Andrade até o Palácio Iguaçu, sede do governo. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Unicentro (Sintesu), estão sendo organizadas caravanas de todas as categorias.

Dando a entender que não aceita pressão, o governador Carlos Massa Ratinho Júnior, volta a afirmar que não terá diálogo com quem está em greve. “O governador disse isso ainda ontem, quinta [27] em Foz do Iguaçu”, disse o secretário de Comunicação e Cultura, Hudson José ao Portal RSN.

“No governo do estado, quem faz greve não vai ter conversa. Vamos trabalhar com quem faz diálogo, com quem quer realmente construir uma proposta com responsabilidade e não deixar o estado ser quebrado”, repetiu o governador.

Em contrapartida, o Secretário de Estado da Segurança Pública, Coronel Rômulo Marinho Soares negocia com representantes da área para atender pedido da polícia. A expectativa é que o Governo anuncie algo nesse sentido na próxima semana. Os policiais civis e militares se retiraram da greve já no primeiro dia do movimento.

 

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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