“Quero que a justiça seja feita”, diz vitima de injúria racial

Preto, veado, gay, macaco, adjetivos proferidos em tom pejorativos. Essas palavras não saem da cabeça do adolescente J. C de 15 anos. Morador da Vila Bela, periferia de Guarapuava, o jovem foi vitima de injúria racial e registrou a ocorrência na Delegacia de Polícia de Guarapuava. Durante conversa com a REDE SUL DE NOTÍCIAS, o adolescente contou que ele e mais uma amiga foram a um açougue próximo a sua casa, no bairro Vila Bela, na noite da última segunda-feira (28), quando outra adolescente passou a xingá-lo, sem motivo, quando encontraram-se na rua.

“ Me senti extremamente humilhado, um lixo, ainda mais pela forma como ela disse em tom de deboche” comentou o garoto. “Como não foi a primeira vez que isso aconteceu eu chamei a polícia”.

Antes mesmo de a Policia Militar chegar ao local, a garota apareceu novamente, dessa vez acompanhada pela mãe, e em frente da casa do jovem voltou ofendê-lo.

“Eu não sei o porque ela faz isso. Estou neste bairro há mais ou menos um ano e ela sempre que me encontra faz esse tipo de xingamento, mas agora vai ser diferente eu vou atrás de meus direitos”, assegura o adolescente. A mãe do jovem, Deucélia Alves Almeida disse que também se sentiu ferida pelas palavras da garota, e afirmou que vai dar prosseguimento a ação junto com o filho. “ Pelo que a gente sabe ela já fez isso antes. Ela está acostumada a chamar todo mundo dessa forma e ninguém nunca tomou providência, mas comigo vai ser diferente”, diz Deucélia.

“Tudo o que a gente quer é justiça, que a lei faça o que tem de ser feito, porque não quero que outras pessoas sintam o que eu senti naquele dia”, desabafa o jovem.