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O governador Ratinho Junior encaminhou à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em regime de urgência, um projeto de lei que permite o repasse direto de até R$ 50 mil por família atingida pelo tornado de sexta (7). Medida é vista como essencial para acelerar a reconstrução das moradias, especialmente em Rio Bonito do Iguaçu, onde 90% da cidade foi impactada.
A Assembleia Legislativa convocará duas sessões extraordinárias neste domingo (9) para votar a proposta. Até agora, a lei do Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap) só permitia o repasse de recursos “fundo a fundo”, ou seja, do Estado para a prefeitura. Com a mudança, o Governo poderá depositar o auxílio financeiro diretamente na conta das famílias que tiveram as casas destruídas.
O governador esteve em Rio Bonito do Iguaçu na manhã deste sábado (8) e anunciou uma força-tarefa para a reconstrução. Além do novo auxílio às famílias, Ratinho Junior autorizou a liberação imediata de recursos para obras emergenciais em estradas, pontes, escolas e unidades de saúde destruídas. Linhas de crédito especiais pelo BRDE e Fomento Paraná também foram ativadas para atender os comerciantes locais.
MAIS DE MIL DESALOJADOS
Um levantamento prévio da Defesa Civil Estadual divulgado na tarde deste sábado (8) estima que o tornado deixou ao menos 1.000 pessoas desalojadas (que perderam suas casas, mas podem ir para a casa de parentes) e 28 desabrigadas (que precisam de abrigos públicos) em Rio Bonito do Iguaçu.
O primeiro abrigo provisório foi montado na Casa de Líderes, em Laranjeiras do Sul, que se tornou a cidade de referência para o acolhimento. Caso haja necessidade, Quedas do Iguaçu também poderá receber desabrigados.
Para organizar o atendimento às vítimas em Rio Bonito do Iguaçu, foram montadas três estruturas centrais:
Cadastro e Triagem: Ginásio de Esportes Campo do Bugre.
Centro de Alimentação: Centro do Idoso.
Recebimento de Donativos: Ginásio dos Bancários, em Laranjeiras do Sul.
O Estado também estuda a locação de hotéis na região para abrigar famílias em situação de maior vulnerabilidade, como pessoas com deficiência ou acamadas, cujas casas foram totalmente destruídas.
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