Na avaliação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inflação elevada nos serviços gerou maior retração no comparativo anual do setor desde o início da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Divulgada hoje (20), a pesquisa do IBGE constatou que a receita bruta do setor de serviços cresceu 4,4% na passagem de fevereiro para março. O crescimento do mês reverte a queda registrada de janeiro a fevereiro (-3,3%), puxado pela receita do segmento dos serviços prestados às famílias, que cresceu 8,1%.
No entanto, segundo a CNC, a variação em relação a março de 2013, descontada a inflação, foi negativa em 2,3%, alcançando “o pior resultado” desde janeiro de 2013. “Em termos reais, a variação de 9,1% dos serviços apurados pelo IPCA entre março de 2013 e março deste ano levou o faturamento real do setor de serviços a registrar a maior queda anual histórica da pesquisa nessa base comparativa”, afirmou o economista da CNC, Fabio Bentes.
Bentes acredita, porém, que, se depender da inflação, os números do setor de serviços tendem melhorar no próximo mês. “A inflação dos serviços atingiu um pico em março, sendo a mais altados últimos dois anos, mas em abril, em termos de preço, a situação deve melhorar e teremos um deflator menor”, avalia o economista.
Com base nos dados da pesquisa, a confederação avalia que os segmentos com as maiores taxas na comparação anual foram os serviços prestados às famílias (10,0%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (8,8%). No corte regional destaque para Mato Grosso (20,4%), Distrito Federal (20,3%) e Acre (15,1%) que asseguraram o melhor desempenho do setor. A região Centro-Oeste (17,8%), segue sendo a mais aquecida e responde por aproximadamente 7% da receita anual dos serviços.