A obra que foi iniciada em 2017 já está com as tubulações concluídas, porém, falta a ligação para que moradores do Loteamento Mirante da Serra, em Guarapuava, tenham acesso à rede coletora de esgoto.
De acordo com o presidente da Associação de Moradores Eder “Gaúcho”, são quatro mil metros de rede que vão contemplar 230 ligações e outros 21 mil metros na Lagoa Dourada e Vila São João.
“Nos disseram que quando as galerias e tubulações estivessem prontas era só fazer a ligação, mas nada disso está acontecendo”.
Segundo Eder, os moradores estão gastando com o esgotamento de fossas a cada 15 dias. “Há fossas em regiões baixas que enchem muito rápido e o serviço para esgotar não é barato”.
De acordo com a Sanepar, a obra da implantação da rede coletora no Mirante e no bairro Boqueirão é complexa porque na sua totalidade contempla a execução de aproximadamente 60 quilômetros de rede e interceptores para atender a mais de três mil imóveis, beneficiando pelo menos 12 mil pessoas.
“Então, trata-se de uma obra de grande complexidade”. Para atender tudo isso, a estação de tratamento de esgoto Vassoural, que já é uma das mais modernas do país, também está sendo ampliada.
E justamente por se tratar de uma obra complexa, foram encontradas algumas dificuldades ao passar pela rede ferroviária que corta a cidade, o que dificultou a execução de trechos essenciais para a interligação dessas redes ao sistema já existente.
De acordo com a Sanepar, embora se reconheça a importância do transporte ferroviário, a passagem da ferrovia pelo perímetro urbano cria limitações e obstáculos na área de logística e para expansão do saneamento em Guarapuava.
“Diante desses entraves, pedimos que a população desses bairros continue sendo compreensiva e paciente. Esta dilatação do prazo é mais um detalhe ao considerarmos a grandeza desta obra”.
Segundo a Sanepar, a princípio, se não houver mais nenhum imprevisto relacionado às cinco passagens subterrâneas na via férrea que precisam ser feitas, a previsão de conclusão da obra é para outubro deste ano.
PAVIMENTAÇÃO DETONADA
Outra reclamação dos moradores do Mirante da Serra é que a empreiteira contratada pela Sanepar para a execução dos serviços, cortou a pavimentação asfáltica de ruas, e não recompôs o asfalto.
Agora, com a incidência de chuvas dos últimos dias, essas rupturas acabaram provocando o surgimento de “crateras”, causando transtornos aos moradores.