Puxado pela redução nos preços dos combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou a terceira deflação seguida. Conforme divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça (11), desde 1998, o Brasil não registrava três deflações seguidas.
Em setembro, o IPCA, considerado a inflação oficial do País, ficou em -0,29%. Mais uma vez, a redução no preço dos combustíveis – causada pela redução de impostos anunciada pelo governo federal, mas que vale até 31 de dezembro – representou a maior contenção na alta de preços. De acordo com o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov a gasolina é o item que, individualmente, mais vem impactado no IPCA negativo nestes últimos três meses.
Ela é o item individual que mais pesa na composição do indicador.
No entanto a taxa de setembro representou a menos intensa destes três meses de queda do indicador. Em julho, ficou em -0,68%, e em agosto -0,36%. O indicador prévio, (IPCA-15), divulgado há duas semanas, já indicava que a taxa mensal viria no campo negativo.
INFLAÇÃO
Até setembro, a inflação acumulada do ano estava em 4,09%. Já nos últimos 12 meses é de 7,17%, ainda bem acima da meta do governo para este ano. Conforme a definição do Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para 2022 é de 3,5% e só será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
Contudo o Banco Central já admitiu oficialmente que a meta de inflação será descumprida em 2022 pelo segundo ano seguido. Em 2021, a inflação fechou o ano em 10,06%, bem acima do teto da meta (5,25%), representando o maior aumento desde 2015. O Banco Central vê chance grande de estouro da meta em 2022, assim como aconteceu no ano passado.
(*Com informações do G1)
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