Produtores de milho de Guarapuava e região estão preocupados com a situação das lavouras. A estiagem prolongada, que atingiu a região no mês de novembro, pode reduzir a produtividade do milho, principalmente nos híbridos superprecoces, que correspondem por aproximadamente 25% da área de milho da região. O resultado pode ser visto nas espigas, que apresentam granação incompleta – a ponta da espiga fica sem grãos – em função da seca.
Comparativamente a outras regiões, como a Sudoeste por exemplo, a quebra não é tão expressiva, visto que nesta região muitos produtores sequer irão colher o milho. Segundo o engenheiro agrônomo Rafael Chioquetta, outro fator preocupante diz respeito ao preço do grão. A queda no preço do milho agrava ainda mais o cenário, e nos leva a crer que esta será uma safra com pouca liquidez para o milho, define.
Na região de Guarapuava, historicamente, o milho é mais rentável que a soja, pois as produtividades atingidas são bem superiores às demais regiões do estado. Temos um clima que favorece muito a cultura do milho, com dias quentes e noites amenas, explica.
A colheita dos híbridos de ciclo mais rápido deve começar no final de fevereiro e início de março. Na quinta-feira, dia de fechamento desta edição, a cotação da saca de milho era de R$ 16, valor considerado baixo se comparado ao custo da lavoura, que ultrapassa R$ 2 mil por hectare.