(i)
Esse negócio de se ofender por qualquer coisa, por qualquer palavra desajeitadamente dita, de certo modo, seria o equivalente a tal síndrome de toque.
(ii)
Esse negócio de cultivar uma sensibilidade extremada, pautada em lorotas politicamente corretas, apenas evidencia o quanto o sujeito quer ser adulado sem jamais ser corrigido.
(iii)
Em que medida somos sal da terra e luz do mundo? Na medida em que não tememos desagradar o mundo, não supervalorizamos a carne e lutamos de peito aberto o bom combate contra as tentações do inimigo.
(iv)
Diante da morte, o nosso comportamento perante ela, desnuda-nos; revelando aos olhos de todos a real proporção de luz e sombras que há no âmago de nosso ser.
(v)
Reduzir tudo aos limites da esfera do mundo político é uma deformação espiritual bestial que mutila profundamente o significado de tudo o que caracteriza a vida humana.
(vi)
O triste no Brasil, entre outras coisas, é que a honestidade é tida como um diferencial para alguém ser bem visto como político pela sociedade civil [des]organizada, quase uma bandeira, e não um pré-requisito inegociável para tal.
(vii)
Dedicação não é tudo; porém, já é um bom tanto do caminho andado. Talento, também, não é tudo; mas se estiver apartado da dedicação, ele não é nada. Pior! É apenas um baita desperdício.
(viii)
Todo caboclinho criticamente crítico sempre imagina, furiosamente, que o mundo sempre está errado e que suas ideias, invariavelmente, seriam sempre mais que perfeitas. Nunca ocorreu-lhes, nem por um instante, que o contrário disso seja mais que possível.
(ix)
Todos os regimes totalitários sempre foram promovidos por boas intenções. Todos. E nisso reside o diabólico cinismo da mentalidade dos revoltadinhos críticos que se recusam reconhecer as consequências desastrosas de suas malditas ideias bem intencionadas.