Reforma no Trianon: operários trabalham sem equipamento de segurança

Guarapuava –  Uma observação simples feita a partir de foto publicada no jornal Diário de Guarapuava na edição de ontem, quarta-feira (31), traz à tona mais um descaso por parte da Prefeitura: a falta de segurança no trabalho nas obras de reforma do Ginásio de Esportes Trianon.

"Você viu a foto da capa do Diário"?  questionou o bancário João Osmar Rodrigues à Rede Sul de Notícias. "Se estão reformando um ginásio para sediar jogos já no outro (Joaquim Prestes) aconteceu um acidente de trabalho como o jogador que morreu (Robson) não estão tendo nenhum cuidado para evitar novos acidentes", observou João Osmar na manhã de ontem, quarta-feira.

Uma equipe da Rede Sul de Notícias foi até o Ginásio do Trianon. Operários sem a utilização de máscaras manuseando maçaricos; outros levantando toras,  calçando chinelos de dedos; falta de luvas e de botas, outro no último degrau de uma escada vulnerável a uma queda, foram algumas situações constatadas.

À Rede de Sul de Notícias/Tribuna a Prefeitura disse que nada tinha a ver com essa deficiência porque o serviço foi terceirizado e, portanto, a falta de segurança é um problema da empresa contratada.
Reformado também pela segunda vez na administração do prefeito Fernando Ribas Carli o ginásio servirá como sede do primeiro jogo do time de futsal de Guarapuava no atual campeonato paranaense. A estréia, que foi adiada pela morte do jogador Robson Costa atingido por uma lasca do piso do Joaquinzão na noite de 7 de fevereiro de 2010, será neste sábado (1º de abril) contra o Foz do Iguaçu. Mas é praticamente certo que o segundo jogo na quarta-feira (7) ainda será no Trianon já que dificilmente o Joaquinzão estará com piso novo nesta data.
O Ginásio do Trianon passa por uma reforma total. “Estamos fazendo tudo” resumiu o secretário de Esportes Pablo de Almeida à Rede Sul de Notícias na terça-feira (29). Estão sendo reconstruídas as arquibancadas agora com capacidade para 1,5 mil pessoas, cabines para a imprensa, vestiários, banheiros. Pablo também não soube mensurar o custo da reforma. “Só vamos saber o custo quando a obra terminar”, afirmou.

Foto: Nagel Coelho