A produção de feijão, na segunda safra dos municípios que integram o Núcleo Regional da Secretaria de Estado da Agricultura em Guarapuava (Seab), está em terceiro lugar no ranking dessa cultura, representando 13% da produção paranaense que é de 278 mil toneladas. Na safra anterior, foram plantados 230 mil hectares, portanto, com aumento de 8% na área plantada na atual safra.
Entre os principais produtores e, à frente do núcleo de Guarapuava estão os núcleos de Ponta Grossa (31%), Pato Branco (21%). Em quarto lugar está a região de Francisco Beltrão (12%).
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, houve um aumento de 8% na área plantada, passando de 213 mil. A colheita da segunda safra está em 7%, e 25% das lavouras que estão em fase de maturação.
Depois dos problemas climáticos na primeira safra, que afetaram a qualidade do grão, agora a safra do feijão tem um bom andamento e condições climáticas favoráveis para a produtividade. Na última semana, a saca de 60 kg de feijão-preto era comercializada a R$ 129,00 e o feijão cores a R$ 246,00. “Por enquanto os preços estão satisfatórios e a expectativa é de que permaneçam estáveis”, diz o economista do Deral, Methodio Groxko. Em abril do ano passado, a saca de R$ 60 kg do feijão-preto era comercializada a R$ 103,94, e o feijão cores a R$ 90,22.
OUTROS GRÃOS
Relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento mostra que a estimativa de produção da safra de grãos 2018/2019 deve ser de 37,3 milhões de toneladas, 5% maior do que no ano passado e também superior à estimativa anterior, de 37,1 milhões. Na safra anterior, a produção foi de R$35,4 milhões.
Neste período, a colheita do milho da primeira safra e da soja está praticamente encerrada, e confirmaram-se prejuízos em algumas culturas em decorrência do clima, com redução de 15% da produção de soja em comparação com o ano passado, e perdas no feijão.
Segundo o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, no entanto, há renovação do quadro, com ampliação das áreas de cultivo de verão/outono, crescimento de área no feijão de segunda e terceira safra e, de forma muito expressiva, do milho de segunda safra, que possibilita prever um ganho de quase 4 milhões de toneladas em relação ao ano passado. “Apesar dos prejuízos no ano passado na safrinha do milho, é importante que a gente esteja restabelecendo o nível de produção”.
A produção de milho na safra 2018/2019 deve superar 16 milhões de toneladas. A segunda safra, que está no campo, deve contribuir com aproximadamente 13 milhões de toneladas nesse total. Essa produção é 42% maior do que a safra anterior. “As condições climáticas atualmente encontram-se favoráveis para o desenvolvimento da cultura do milho e tudo tende a garantir boa produtividade”, diz o chefe do Deral, Salatiel Turra.