22/08/2023
Agronegócio Paraná

Região Sul recua com queda nas safras no primeiro trimestre

De acordo com o Banco Central, a Região foi impactada pela forte estiagem e calor intenso, comprometendo o desenvolvimento das lavouras

Colheita de trigo, colheita de grãos

De acordo com o Banco Central, a Região foi impactada pela forte estiagem e calor intenso, comprometendo o desenvolvimento das lavouras (Foto: Reprodução/CNA)

A Região Sul sofreu uma retração na atividade econômica no primeiro trimestre do ano, impactada pela forte estiagem e calor intenso. Dessa forma, houve comprometimento no desenvolvimento e produtividade das lavouras. De acordo com o boletim do Banco Central, os principais condicionantes da economia do Sul registraram resultados mistos no primeiro trimestre de 2022.

Enquanto comércio e serviços contribuíram positivamente, a desaceleração da indústria e, principalmente, a redução da produção agrícola levaram à retração da atividade na margem.

O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Sul teve um recuo de 2,8% no primeiro trimestre do ano. O crescimento anterior era de 1% no trimestre. Em 12 meses até março, o indicador expandiu 4,2%, ainda favorecido pela base deprimida de comparação.

Conforme o boletim, as quebras nas colheitas de soja, arroz e primeira safra de milho, que são apropriadas no início do ano, consistiram nas causas fundamentais do recuo. De acordo com os indicadores estaduais, o decréscimo da atividade regional foi liderado pelo Rio Grande do Sul, Isso, por conta da queda nas safras de verão.

Além disso, também houve uma retração, menos intensa, no Norte. Bem como uma desaceleração da economia no Centro-Oeste.

AVALIAÇÃO NACIONAL

Nacionalmente, para o Banco Central, o ritmo da atividade econômica surpreendeu positivamente no primeiro trimestre, com desempenho mais homogêneo entre as atividades. Já a inflação continuou pressionada, refletindo sobretudo aumentos dos preços dos alimentos e dos combustíveis

Desse modo, o Produto Interno Bruto (PIB) do período apontou ritmo de atividade acima do esperado, com crescimento de 1% em relação ao trimestre anterior, terceira alta consecutiva. No mesmo sentido, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) variou 1% no primeiro trimestre do ano.

Além disso, os indicadores de conjuntura da indústria, do comércio e de serviços apresentaram resultados positivos, em linha com a continuidade do processo de normalização das atividades mais atingidas pela pandemia. Contudo, do lado negativo, a agropecuária recuou no primeiro trimestre, repercutindo a quebra parcial na safra de soja – produto com elevada participação no setor e com colheita concentrada no início do ano.

Por fim, a autarquia avaliou que os novos estímulos ao consumo das famílias e a perspectiva de avanço da agropecuária e da indústria extrativa, após quedas no início do ano, reforçam a expectativa de crescimento da atividade no segundo trimestre.

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