22/08/2023


Brasil Política

Relator do TSE vota pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro

O julgamento de Bolsonaro está suspenso e será retomado nesta quinta (29), com os votos dos ministros restantes

O julgamento de Bolsonaro está suspenso e será retomado nesta quinta (29), com os votos dos ministros restantes (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O relator do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, votou nessa terça (27) pela condenação de Jair Bolsonaro à inelegibilidade durante oito anos. O julgamento está suspenso desde ontem, e será retomado nesta quinta (29), com votos dos ministros restantes.

De acordo com a Agência Brasil, se a maioria da corte acompanhar o voto do relator, o ex-presidente não poderá disputar as eleições gerais de 2026. Faltam votar os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e o presidente do Tribunal, Alexandre de Moraes.

VOTO DO RELATOR

Conforme o julgamento, o ministro Benedito Gonçalves afirmou que Bolsonaro propagou informações falsas sobre o sistema de votação, utilizando a estrutura do Palácio da Alvorada. “A prova produzida aponta para a conclusão que o primeiro investigado [Bolsonaro] foi integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual do evento objeto desta ação”.

Além disso, o ministro também incluiu no processo a “minuta do golpe”, documento que a Polícia Federal encontrou na busca e apreensão na casa do ex-ministro da justiça, Anderson Torres. Este documento, segundo Benedito, sugeria um decreto de Estado de Defesa do TSE para contestação da vitória do presidente Lula.

De acordo com as informações, o relator ainda votou pela absolvição do candidato à vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022, Braga Netto. Benedito Gonçalves acredita que ele não participou da reunião, e que ele não tem relação com os fatos.

DEFESA DE BOLSONARO

Por fim, no primeiro dia de julgamento o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho disse que a reunião não teve viés eleitoral e ocorreu apenas para sugerir mudanças no sistema eleitoral. Conforme a defesa, a reunião ocorreu antes do período eleitoral, quando Bolsonaro ainda não era candidato.

(*Com informações da Agência Brasil)

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