Não foi desta vez que o deputado Renato Freitas (PT) ficou sem mandato na Assembleia Legislativa do Paraná. Polêmico, sem ‘papas na língua’, pela segunda vez, atitudes dele passam para análise do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Alep. O pivô foi uma discussão acirrada com o presidente da Mesa Executiva, Ademar Traiano (PSD), durante debate sobre a descriminalização do aborto.
No decorrer da discussão, Renato Freitas chamou Traiano de “corrupto”, provocando o encaminhamento ao Conselho por falta de decoro parlamentar. De acordo com o relator, Matheus Vermelho (PP), nessa terça (5) houve a decisão de aplicação de uma advertência escrita ao deputado petista. No parecer, Vermelho considerou que os atos de Freitas foram “graves” e “incompatíveis com o decoro parlamentar”. Ele descartou a cassação por se tratar de uma medida desproporcional.
Entretanto, o Corregedor da Assembleia, deputado Artagão Junior (PSD), sugeriu vistas coletivas. após a deputada Ana Júlia (PT) ter solicitado vistas do parecer. Uma nova reunião ficou marcada para a segunda (11). Para Renato Freitas, a advertência não pode prosperar porque diz respeito à falta de decoro. “Como alguém que fala a verdade – e que não é qualquer verdade – é sobretudo aquela que interessa ao povo, ser advertido? Falar a verdade é indecoroso? Essa inversão de valores não pode prosperar, sob pena de se assumir que a instituição parlamentar foi à falência”, disse ao jornalista Vinicius Bonato, da CBN.
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