22/08/2023
Geral

Representação do Metalrepa em Guarapuava é legal, diz presidente estadual

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Por Cristina Esteche

+ Há 4 anos sem convenção coletiva, Sindirepa tenta impedir acordo individual

O  presidente do Metalrepa (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Guarapuava), no Paraná, Almir Pereira Monteiro, confirmou a legalidade da representação da entidade em Guarapuava. “Guarapuava, Francisco Beltrão, Pato Branco e Bandeirantes possuem representantes com plenos poderes para negociação de acordos coletivos de trabalho, para realização de convenções, para acordos individuais, rescisões contratuais. O Metalrepa passou uma procuração a esses representantes”, assegurou à Rede Sul de Notícias, nesta quarta (10). Em Guarapuava, desde 2013, o Metalrepa é conduzido pelo metalúrgico Luis Ciunek. Ele apresentou a procuração e outros documentos legais.

De acordo com o sindicalista, o questionamento que está sendo feito pelo Sinderepa ((Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de Guarapuava) sobre a legalidade da representação é uma justificativa para que não haja a Convenção Coletiva de Trabalho, que não acontece há quatro anos. “Isso está prejudicando a categoria, pois temos trabalhadores sem jornada de trabalho, que é de oito horas, e trabalham por 12 horas em oficinas; o salário que recebem é o equivalente ao mínimo regional do Estado, que é de R$ 983, quando a nossa proposta é de R$ 1,1 mil por oito horas; não há pagamento de horas extras. A nossa pauta de negociação possui 80  cláusulas que não interessam à entidade patronal”, disse Ciunek à RSN.

De acordo com o sindicalista, desde que assumiu a representatividade a realização de assembleias é uma constante. “Quando foi para eu assumir a representação foi realizada assembleia para ver se a categoria estava de acordo e fui aprovado. Nada é feito sem a realização de assembleias e tudo consta em ata e o que é necessário é publicado em edital”, garante.

Ciunek informou que desde 2013 tenta realizar a Convenção Coletiva de Trabalho, mas as conversas com o Sinderepa não avançam. “Não recebe nenhuma resposta dos ofícios que mando e não sou recebido pessoalmente para conversar”, diz. “Estamos nos aproximando da data base  e estamos solicitando a convenção sem nenhum retorno".

De acordo com Ciunek, em relação ao ofício que está sendo encaminhado pelo Sindirepa a empresários do setor orientando para que não façam acordos individuais, a situação é inversa. “As empresas estão nos chamando para a realização dos acordos individuais”, diz. “O Sindirepa está na contramão quando diz que faz tratativas com o Metalrepa. Nós é que solicitamos a convenção junto ao patronal e não ao contrário como está acontecendo”.

Em Guarapuava, há mais de três mil trabalhadores no setor de reparação e  acessórios de veículos, segundo informou o Sindicato da categoria.

 

 

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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