22/08/2023
Política

Richa comemora redução da mortalidade infantil no PR

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Foto/AEN

O Paraná comemora os dois anos de atuação da Rede Mãe Paranaense com redução de 40% da mortalidade materna e 10% da mortalidade infantil, os menores índices da história do Estado. Isso significa que, no período, mais de 100 mulheres e cerca de 500 recém-nascidos foram salvos pelas ações da rede. Os resultados foram ressaltados pelo governador Beto Richa ao abrir, nesta quarta-feira (23), o Encontro Estadual da Rede Mãe Paranaense, que reúne, em Curitiba, entidades ligadas à saúde e profissionais da área de todo o Estado. 

“A redução na mortalidade materna no Estado foi, em dois anos, maior do que em duas décadas e os índices de mortalidade infantil são os menores já registrados no Estado, é uma grande conquista para o nosso estado”, afirmou o governador, ao lado do secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto; da secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa; do presidente da Sociedade Paranaense de Pediatria, Gilberto Pascolat; da cardiologista pediátrica da Associação Paranaense de Crianças Cardiopatas Coração de Leão, Eliana Pellissari.

O objetivo da Rede Mãe Paranaense é reduzir as mortes de mães e crianças com ações de pré-natal e de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças, especialmente no primeiro ano de vida. “Depois de dois anos, os números são muito animadores e nos orgulham, tanto que o Ministério da Saúde reconhece o Paraná como o Estado que mais reduziu a mortalidade materna no Brasil e atingiu a menor taxa de mortalidade infantil da história. É o esforço do governo estadual com ações, investimentos e atenção que garante a preservação de muitas vidas”, ressaltou o governador. 

Teste do coraçãozinho

No encontro, o governador anunciou o “teste do coraçãozinho” e entregou 150 oxímetros de pulso (aparelho que mede a quantidade de oxigênio no sangue) aos hospitais e maternidades que atuam na Rede Mãe Paranaense para a realização do teste do coraçãozinho em bebês recém-nascidos. O exame foi implantado neste ano na rede pelo governo estadual e detecta a cardiopatia nas crianças logo após o nascimento.

O teste deve ser realizado ainda na maternidade, nas primeiras 24 a 48 horas após o nascimento, pois o tratamento dos portadores de cardiopatias deve ser imediato para evitar a morte dos bebês, que, nesses casos, acontece antes de completar o primeiro mês de vida.

Maureen Classe, que é presidente da Associação Paranaense de Criança Cardiopatas Coração de Leão e mãe de criança com doença cardiológica, afirmou que o tratamento precoce é o que salva a vida de uma criança cardiopata. “Muitos bebês saem do hospital sem o diagnóstico e isso pode comprometer a vida dela, que não vai ter o tratamento correto e a tempo”.

“Com o oxímetro, conseguimos monitorar a criança até encaminhá-la a uma vaga de UTI Neonatal”, disse Rosicleia de Fátima Simão Venske, diretora administrativa do Hospital Evangélico de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O hospital foi um dos contemplados com os equipamentos e realiza uma média de 300 partos por mês pelo SUS. 

O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, disse que, além do teste do coraçãozinho, os bebês do Paraná também fazem outros três testes de triagem neonatal: do pezinho, da orelhinha e do olhinho, que garantem a detecção precoce de doenças e o tratamento imediato. “É um equipamento simples que se soma a outros exames e ajuda a salvar vidas com um diagnóstico mais preciso aos profissionais”, afirmou.

Cristina Esteche

Jornalista

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