Rumo ao Líbano: guarapuavana embarca para missão de trabalho voluntário

“Se eu fosse usar uma palavra pra demonstrar o sentimento que eu estou agora, acho que seria gratidão”, diz a guarapuavana Nathally de Lima Santos, 19 anos, que embarcou neste domingo (1) para o Líbano em missão de trabalho voluntário. No país, a jovem permanecerá por um ano e irá trabalhar em prol de crianças sírias refugiadas, em uma escola.

Saiba mais sobre o trabalho voluntário de Nathally.

Para realizar seu sonho, Nathally iniciou uma campanha de arrecadação para alcançar o montante de R$ 7 mil necessários para custear as despesas de viagem até o país da Ásia Ocidental. Após quase dois meses, a guarapuavana conseguiu grande parte do valor que precisava.

“Eu consegui de doação aproximadamente R$ 6 mil. Deu para comprar a passagem e com bastante dificuldades pagar as outras despesas. Também desembolsei um valor das minhas ajudas de custo aqui do projeto em Curitiba, o Um ano em Missão, por isso é importante lembrar que quem quiser ajudar ainda pode!”, conta a jovem que reitera a busca por ajuda direcionada às crianças sírias.

De acordo com Nathally, na prestação de contas, o saldo apontou a colaboração de muitos amigos que, mesmo que não podendo ajudar financeiramente, colaboraram na divulgação e mobilização da campanha.

“Foram principalmente conhecidos, amigos, parentes e poucos que eu ainda não conhecia”.

Neste ano, Nathally participou do projeto Um Ano em Missão, em Curitiba (Foto: Nathally de Lima Santos/acervo pessoal)

Com as malas e todos os detalhes finais já concluídos ainda nesse sábado (30), Nathally embarcou no aeroporto de São José dos Pinhais, às 8h30, em direção à São Paulo. De lá, faria mais duas conexões, uma no Rio de Janeiro e outra em Dubai, até chegar, finalmente, em Beirute, capital do Líbano. Segundo ela, a previsão de chegada ao seu destino final é terça feira (3).

“No voo, eu irei acompanhada de mais três amigos. O grupo terá no total 13 jovens, sendo alguns de Curitiba, Guarapuava, Estados Unidos e Tailândia. Quando eu chegar, o nosso líder de missão estará esperando para nos levar diretamente a escola onde iremos trabalhar, em Bishmmezzine. As ações e trabalhos no Líbano começam logo que chegarmos na escola”.

Em meio à confusão de sentimentos com a chegada do momento tão esperado por ela, a guarapuavana mostra, sobretudo, muita ansiedade e agradecimento pela oportunidade de vivências que o projeto, antes mesmo de ser iniciado no Líbano, trouxe para sua vida.

“Gratidão a Deus por ter conduzido tudo de uma forma maravilhosa, por Ele ter me dado uma família e uma criação incrível que sempre me apoiou e me motiva a ir e ajudar aqueles que mais precisam, que me motivam a fazer missão e ser diferente. Gratidão por ter uma mãe que não tem vergonha de ir pedir dinheiro pra filha ir pra outro país (risos), por ela me apoiar e me motivar a cada dia. Gratidão por Deus enviar pessoas específicas para me ajudarem com os custos financeiros. Gratidão pela RSN me ajudar com a campanha de arrecadação. Gratidão é a palavra certa! Além de gratidão, outras palavras que me descreveriam agora seriam: ansiedade, alegria, empatia, realização, confiança, medo, respostas e missão”.