O atendimento do setor de ortopedia do Hospital Santa Tereza, suspenso desde 1º de janeiro deste ano, voltou a ser feito à população nesta semana. A prestação do serviço havia sido interrompida depois que os quatro médicos responsáveis pelo setor, decidiram parar de oferecer os serviços por falta de pagamento dos salários. A decisão dos profissionais foi tomado devido à dívida da instituição com o corpo clínico, que se arrasta em uma crise financeira desde o início de 2018.
Nesta sexta feira (18), o administrador do HST, Francisco Cogo informou ao Portal RSN, que três dos quatro médicos que compõem o setor ortopédico, chegaram a um acordo financeiro com diretoria do Instituto Virmond que mantém o Santa Tereza.
“O setor está funcionando 100%, mas sem um dos médicos que ainda não respondeu se aceitará ou não, o acordo. Ele tem até semana que vem para decidir. Caso decline, teremos que contratar um novo profissional para completar o quadro clínico da ortopedia.”
ACORDO
Pelo acordo, nos meses de janeiro à abril o hospital pagará 30% do valor dos salários aos médicos da ortopedia. A partir de maio deste ano, com o repasse do valor previsto pelo novo contrato, os salários serão pagos integralmente. E a partir de junho, além do salário completo, os médicos do setor deverão receber também parcelado, o saldo devedor até fevereiro de 2020.
No último dia 9, o Governo do Estado do Paraná garantiu ajustes orçamentais para que o Hospital Santa Tereza, reabrisse o setor de Ortopedia. O primeiro contrato com a instituição previa repasse de R$ 227 mil, para cirurgias de alta complexidade. Mas como o hospital não atingiu as metas estipuladas pelo Governo, já que a demanda é para procedimentos de média complexidade, o valor recebido para manutenção do setor ficou entre R$ 50 mil e R$ 80 mil.
De acordo com Cogo, o acordo foi possível após alteração contratual que começa a valer para os atendimentos de média complexidade a partir de fevereiro. Com isso, o repasse será de R$ 150 mil a partir de maio deste ano.
“O recebimento destes R$ 150 mil que foram liberados continuará comprometido ao cumprimento de metas estabelecidas pela Secretaria de Estado da Saúde, mas agora para atendimentos de média complexidade”, completou Cogo.
O administrador do Hospital Santa Tereza também informou que a crise financeira é um problema enfrentado pelas empresas por falta de capital de giro. E que para evitar o surgimento de novas crises financeiras, está revendo os contratos e negociando com os fornecedores. Sobre o futuro do hospital, Cogo foi otimista. “Vejo com grandes perspectivas que o Santa Tereza volte a ter dias de glória em Guarapuava.”