O Brasil interrompeu, em novembro, a série de sete meses de saldo positivo de vagas no mercado de trabalho, mas o Paraná seguiu firme na retomada e continuou a contratar. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho mostram um saldo – entre admissões e demissões – de 1.433 vagas com carteira assinada no Paraná. No mesmo período, o Brasil cortou 12.292 empregos.
Foi o melhor resultado do Paraná dos últimos três anos para o mês. Em 2015, o Estado tinha eliminado 7.517 empregos e, em 2016, haviam sido cortados 7.467 empregos.
“Os dados de novembro confirmam a trajetória de retomada do emprego, que vem se consolidando nos últimos meses, o que contrasta com os dados do Brasil, que em novembro quebrou esse ciclo de bons resultados”, diz Suelen Glinski Rodrigues dos Santos, economista do Observatório do Trabalho, da Secretaria de Justiça, Trabalho e Direitos Humanos.
DESTAQUES
O destaque de novembro foi o setor de comércio, com saldo de 3.198 vagas. Também tiveram dados positivos a indústria (243) e serviços (218).
Das 27 unidades da federação, 11 tiveram saldos positivos de geração de emprego em novembro, de acordo com dados do Caged. Em termos nacionais, o que pesou negativamente, segundo o Ministério do Trabalho, foram as demissões da indústria, que eliminou 29.006 vagas, e a construção civil, com 22.826.
ONZE MESES
No acumulado de janeiro a novembro, o Paraná tem saldo de 36.394 vagas.
“Este também é um bom resultado, já que demonstra a recuperação na geração de empregos formais ao longo de todo ano de 2017, lembrando que nos dois anos anteriores o resultado deste período ficou em torno de 30 mil postos negativos. Finalizamos este ano com uma boa crescente na geração de empregos no Paraná”, diz o secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, Artagão Júnior.
A indústria foi o setor que mais gerou empregos em 2017, com 17.888 de saldo, seguido dos serviços (14.644), comércio (5.763), agropecuária (1.538) e administração pública (389).
Os resultados negativos vieram da construção civil, que eliminou 3.284 vagas, serviços industriais de utilidade pública, com 409 vagas, e a atividade extrativa mineral, com 142 de saldo negativo.
ATIVIDADES
No ano, a atividade de abate de suínos, aves e outros pequenos animais foi a que mais contratou, com saldo de 4.716 postos. O Estado ocupa o primeiro lugar no saldo do setor no País, à frente de Santa Catarina (1.884).
Além disso, a indústria têxtil também se destacou, principalmente na atividade de confecção de peças do vestuário, com 2.496 postos – segundo maior saldo, atrás de Santa Catarina (5.511). Em seguida veio a fabricação de açúcar em bruto, com 2.049 postos.
MONTADORAS
O setor automotivo, com a fabricação de automóveis, caminhões e utilitários, é um dos grandes destaques do ano no Estado, com o maior saldo (1.451 empregos) do País no acumulado do ano, à frente de Pernambuco (1084) e Rio Grande do Sul (471). A título de comparação, São Paulo, maior polo automotivo do País, eliminou, no período, 1.660 vagas.
FOGÕES
Pato Branco foi a cidade com maior saldo no Estado, com 2.445 vagas, impulsionadas pela produção de fogões e refrigeradores, principalmente. Maringá ficou em segundo lugar, com 2.237 empregos e Cascavel em terceiro, com 1.948.