A Sanepar está desenvolvendo o projeto “Se ligue nesta ideia. Sem óleo na rede” para incentivar empregados e clientes dos sistemas da regional de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Estado, a separar e dar a destinação correta ao óleo de cozinha usado. Bombonas, onde o óleo pode ser depositado, estão à disposição dos moradores nos escritórios da empresa.
“O óleo de cozinha causa danos à rede coletora de esgoto e interfere no processo das estações de tratamento, pois mata as bactérias que agem na depuração do esgoto e prejudica a qualidade do lodo residual das estações”, explica o gerente da Sanepar de Francisco Beltrão, Celço Arisi.
Ele alerta, ainda, que o óleo de cozinha também pode comprometer o sistema de esgoto dos imóveis, principalmente se ficar parado na caixa de gordura.
Além de promover o desenvolvimento das responsabilidades ambiental e social no que se refere ao uso e destinação do óleo, a Sanepar quer disseminar o conceito de sustentabilidade, reduzir o impacto ambiental do descarte inadequado, sensibilizar para os malefícios do uso de gordura saturada para a saúde humana e prevenir possíveis entupimentos na rede coletora de esgoto.
Tão importante quanto reduzir e consumir óleo é evitar o seu lançamento no meio ambiente ou na rede coletora de esgoto. Este resíduo provoca entupimentos das tubulações, formação de escuma e contaminação do solo e da água. O sistema da Sanepar é projetado para coletar e tratar apenas efluentes provenientes das instalações sanitárias (vasos e chuveiros), pias de cozinha, tanques e ralos dos imóveis.
COMO É A COLETA
Nos escritórios de atendimento ao público dos municípios de Ampére, Capanema, Dois Vizinhos, Francisco Beltrão, Marmeleiro, Realeza, Renascença e Santo Antônio do Sudoeste, que já contam com o sistema de coleta e tratamento do esgoto, as bombonas estarão disponíveis para coleta do óleo descartado a partir desta semana.
O óleo deve ser acondicionado em garrafas plásticas e depositado nos coletores. Todo o material arrecadado será doado para a Associação de Catadores de Francisco Beltrão (Ascapabel), que irá revender para uma usina onde o óleo passará por processo de tratamento. Depois de tratado, será utilizado na produção de biodiesel. Em média, cada 2 litros de óleo descartado resulta em um litro do biodiesel.
O lucro da venda, de acordo com o presidente da entidade, Joel Francisco Rodrigues Ferreira, será revertido para a própria associação e auxiliará as 134 famílias que atuam direta ou indiretamente na entidade.
A campanha será permanente e implantada gradativamente nos 22 municípios atendidos pela regional, incluindo aqueles que ainda não dispõem de sistema de esgoto sanitário. Os clientes e empregados vão receber material informativo sobre a reciclagem e as formas de acondicionamento do óleo e também orientações para entregar o material coletado nos escritórios da empresa.