22/08/2023


Comunidade Paraná Saúde

Sarampo tem crescimento exponencial no Paraná, diz Sesa

Em Guarapuava seis casos estão em investigação. Segundo Informe Epidemiológico da Sesa, 103 pessoas no Paraná tiveram ou estão com sarampo

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O estado que mais recebeu doses de sarampo do ministério foi São Paulo, que registrou uma morte pela doença (Foto: Reprodução/Ministério da Saúde)

O Informe Epidemiológico semanal divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná mostra o crescimento exponencial de casos confirmados. No Paraná já são 103 pessoas que tiveram ou estão com sarampo. Conforme o boletim, 80 casos são de Curitiba e outros 18 na Região metropolitana.

As cinco confirmações restantes estão em Jacarezinho (1), Ponta Grossa (1), Maringá (2) e Rolândia (1). Guarapuava tem seis casos em investigação.

“Os casos aumentam e demonstram a necessidade de vacinar a população preconizada contra a doença. Solicitamos que as mães, pais ou outro responsável, levem a criança até uma das salas de vacinação distribuídas em nosso Estado”, diz a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, Acácia Nasr.

Segundo ela, uma doença altamente transmissível e que pode ser acompanhada de complicações graves. E como o vírus não circulou no Paraná por mais de 20 anos, muitas pessoas não tiveram contato com o sarampo. Assim, não sentem o risco de contaminação ou transmitir para alguém. “Por isso nós e o Ministério da Saúde nos mobilizamos para alertar e chamar a população para a vacinação”, afirma.

DADOS

Além disso, desde 2004 a indicação do Ministério da Saúde (MS) é que sejam aplicadas duas doses da vacina contra sarampo. Uma aos 12 meses e outra aos 15 meses de vida. Porém, segundo dados dos últimos anos, o Paraná não atingiu a meta de vacinação estabelecida pelo Ministério para as duas doses.

Assim, em 2016, a dose 1 chegou a 91% de cobertura, e em 2017 manteve o mesmo percentual. Em 2018 este número baixou para 88% e em 2019, de janeiro ao dia 9 de outubro de 2019 a cobertura foi ampliada e se atingiu 92,7%. Embora 2018 e 2019 sejam dados preliminares, é possível verificar que o índice aumentou em 5%.

“Sabemos que há uma janela, um grupo de pessoas que não estão vacinadas ou por falta de informação e consciência sobre o tema, ou por resistência à vacina. Seja qual for o motivo, nós precisamos fazer a busca ativa dessa população para que seja imunizada, dessa forma as pessoas não adoecem e não transmitirão sarampo para outras”, esclarece o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

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Cristina Esteche

Jornalista

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