O secretário municipal de Saúde, Jonilson Pires anunciou a ampliação do serviço de tele-medicina em Guarapuava. Instituída durante a pandemia da covid-19, a assistente virtual Sara agora passa a atender também pacientes com sintomas gripais. Para isso, basta chamar a Sara no chat por intermédio do APP ‘Fala Saúde’ no site da Prefeitura.
De acordo com o secretário, o robô está conectado com uma clínica on-line que possui 400 médicos, incluindo pediatras. Por esse sistema “são feitas teleconsultas, assim como o acompanhamento da evolução do paciente. Também emite atestado médico, quando for o caso”.
A iniciativa, conforme Jonilson Pires, é uma medida para desafogar a demanda das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “Hoje por conta do outono aumentou os casos de casos com sintomas gripais. Isso afeta principalmente as crianças. Por isso, com a Sara as mães não precisam se deslocar até as unidades de urgência e emergência. Podem ter o atendimento em casa para os filhos em casa ou qualquer outro membro da família”.
Além de agilizar o atendimento, a medida também é uma alternativa à falta de médicos. Apesar da abertura de processos seletivos, a demanda por profissionais médicos é pequena. Para se ter uma ideia, segundo o secretário, um dos maiores gargalos de Guarapuava é a falta de pediatras. Ao todo, são 14 que atendem em consultórios particulares, hospitais e unidades de saúde. Nesse setor, são apenas três e mais um que atende diariamente por seis horas na UPA. Ou seja, são quatro para atender a demanda da cidade.
VÁCUO
De acordo com Jonilson, por falta de pediatras, uma semana antes da Páscoa a ala pediátrica e a UTI Neonatal do Instituto Virmond fecharam. Os pacientes passaram por remanejamento para o Hospital São Vicente que estava lotado. “É preciso entender que não se tem pediatras para a contratação. O mercado existe, o salário está dentro do praticado, mas não há interesse, não apenas de pediatras, mas de médico em geral vir trabalhar em Guarapuava”.
CASO SOFIA
A Secretaria Municipal de Saúde investiga administrativamente a morte da bebê Sofia Capote, de um ano de idade. De acordo com o prontuário médico da paciente, ela deu entrada na UPA Batel para consulta no dia 14 de abril com um quadro gripal. Ela foi medicada com antibiótico e outros dois medicamentos.
No entanto, quatro dias depois, pela manhã, ela estava com febre associada a um quadro convulsivo. “Fez bateria de exames, incluindo de tórax, hemogramas e outros específicos. E ficou em observação, sendo monitorada. No entanto, teve outra crise convulsiva, sendo solicitado o internamento. No entanto, sem quadro respiratório grave”.
Conforme a cronologia da paciente, a primeira solicitação de vaga ocorreu às 18h53, sem sucesso. Às 19h50 houve outra tentativa na Central de Regulação que fica em Curitiba. Contudo, o Hospital São Vicente negou por estar com superlotação pediátrica. Por volta das 20h35 mais um pedido em busca de vaga. Desta vez junto ao Instituto Virmond, que também não tinha vaga. Em seguida, conforme Jonilson, a bebê fez nova parada cardiorrespiratória e morreu.
Leia outras notícias no Portal RSN.