22/08/2023
Brasil Geral

Segundo a ONU, Brasil está mais triste

imagem-130113

Por Tiago Jokura para a Superinteressante

É triste admitir, mas o Brasil não está nem entre os 20 países mais felizes do mundo, ao contrário do que costumamos vender com ousadia e alegria mundo afora.

O choque de realidade vem do Relatório Mundial de Felicidade, divulgado nesta segunda (20), com dados de 2014 a 2016. O país caiu cinco posições e agora é o 22º mais feliz do mundo. Olhando pelo lado bom, estamos à frente de outros 133 países (são 155 nações participantes).

A pesquisa é muito simples, composta por apenas uma pergunta, feita para cerca de mil pessoas em cada país: “Imagine uma escada com degraus numerados de zero a dez, da base ao topo. O topo da escada representa a melhor vida possível para você e a base, a pior vida possível. Em que degrau você sente que está agora?”

A média das respostas acaba sendo a “nota de felicidade” do país – o relatório completo, contudo, analisa dados econômicos e sociais, como PIB per capita, expectativa de vida, e percepção de corrupção, entre outros, para analisar as notas. O ranking deste ano, no topo e no fundo, ficou assim:

Os 5 mais felizes…

1º Noruega 7,537

2º Dinamarca 7,522

3º Islândia 7,504

4º Suíça 7,494

5º Finlândia 7,469

.

.

.

22º Brasil 6,635

.

.

.

…e os 5 mais tristes.

151º Ruanda 3,471

152º Síria 3,462

153º Tanzânia 3,349

154º Burundi 2,905

155º República Centro-Africana 2,693

Note que entre os cinco países mais felizes, quatro são escandinavos. Já entre os cinco mais tristes, quatro estão no continente africano.

Para abalar ainda mais um pouquinho a moral brasileira, a ONU também anunciou que o Brasil continua em 79º lugar no ranking de qualidade de vida, que mede o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 188 nações. É a primeira vez, desde 2010, que o Brasil não avança no ranqueamento de um ano para outro – ficamos estagnados na mesma posição de 2016.

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.