22/08/2023
Segurança

Segundo associação, greve dos PMs do Paraná está descartada até fevereiro

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A possibilidade de greve dos policiais militares do Paraná está descartada pelo menos até 15 de fevereiro, de acordo com a Associação de Defesa dos Direitos dos Policiais Militares (Amai). A categoria – representada por sete entidades – negocia com o governo do Paraná a implantação da Emenda 29.

A emenda foi aprovada pelos deputados estaduais em 2010 – ainda no governo de Orlando Pessuti – e prevê que os policiais militares e bombeiros concursados tenham formação superior prévia e também que seja feita a reposição de perdas salariais.

O coronel Elizeu Furquim, presidente da Amai, afirmou que o governo do Paraná tem até 15 de fevereiro para apresentar uma proposta e até essa data o objetivo é negociar. “Não faz sentido entrar em greve enquanto ainda tentamos negociar com o governo”, afirmou. Se não houver acordo até essa data, existe a possibilidade de paralisação.

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Administração e Previdência afirmou que um grupo de trabalho – composto por membros de várias pastas – foi instituído e estuda como será feita a implantação da Emenda 29. O órgão ressaltou que não há recursos para o subsídio e que o dispositivo foi aprovado na gestão anterior.

A Polícia Militar, por meio da assessoria de imprensa afirmou que, oficialmente, não há confirmação sobre a possibilidade de greve em fevereiro.

Manifestação da Polícia Civil

Os dois sindicatos que representam os policiais civis no estado anunciaram, em 6 de janeiro, que preparavam uma manifestação para o próximo dia 24. O objetivo é pressionar o Governo do Paraná a publicar o novo Estatuto da Polícia Civil, que, entre outras coisas, pretende modernizar a administração do órgão e fazer uma recomposição de salários. O protesto é organizado pelo Sindicato da Policia Civil do Paraná (Sindipol), que representa cerca de 700 policiais de Londrina e da região Norte, e o Sindicato das Classes de Base da Polícia Civil do Paraná (Sinclapol), que conta com cerca de 3 mil policiais de Curitiba e de outras regiões do estado. Os detalhes de como a manifestação será executada ainda não foram definidos.

De acordo com o presidente do Sinclapol, André Gutierrez, o governo do Paraná informou, em 12 de janeiro, que estuda o caso e pediu um prazo maior para a publicação do estatuto. Por esse motivo, uma assembleia foi convoca para essa terça-feira (17), às 19 horas, em Curitiba. A categoria vai decidir se altera ou não a data da paralisação para 8 de fevereiro (caso ainda seja necessária). Em Londrina, a assembleia foi realizada na segunda-feira (16) e a alteração da data foi aprovada.

A Secretaria estadual de Segurança Pública (Sesp) informou, através da assessoria de imprensa, que o documento foi entregue em novembro para ser analisado por uma comissão de juristas da própria secretaria e que, por enquanto, não há prazo definido para este trabalho terminar. Assim que ele for concluído, a proposta de novo estatuto deverá ser repassada ao governador Beto Richa (PSDB).

Com informações de Tudo Paraná

Cristina Esteche

Jornalista

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