22/08/2023
Política

Seis dos sete integrantes do GAECO de Guarapuava foram transferidos

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A partir de agora, com a reativação das atividades do GAECO, é que se ficará sabendo como será a continuidade das investigações que estavam em andamento pelo grupo de atuação especial do Ministério Público do Paraná. Os trabalhos ficaram comprometidos com a intervenção direta do governo do estado, que promoveu a transferência de policiais que atuavam nas operações. Guarapuava, palco da “Operação Salvação” que investiga dois secretários do prefeito Cesar Silvestri Filho em denúncias de corrupção, foi o município mais afetado, com a saída de seis dos sete integrantes.

Os promotores do GAECO fizeram uma reunião na tarde desta quinta-feira com o governador Beto Richa, em Curitiba. O governador prometeu não interferir no órgão ou no direcionamento dos policiais, mas se reservou ao direito de decidir “quando os interesses de Estado forem prioridade”. O GAECO escolhe os policiais e encaminha ao governador, que é quem tomará a decisão final.

Os promotores afirmam que a independência é vital para o sucesso das ações e tentam combater a influência política, uma vez que há muitos políticos sendo investigados por crimes de diversas naturezas, principalmente contra o patrimônio público.

Foi o GAECO que apurou as denúncias de corrupção na Câmara Municipal e que conduziram à prisão o vereador Admir Strechar, ex-presidente da instituição.

O Ministério Público deverá concluir em maio as primeiras avaliações sobre a “Operação Salvação” de Guarapuava. Os secretários estão afastados do cargo por decisão judicial. O prefeito Cesar Silvestri Filho não nomeou outros titulares e condenou a ação do GAECO, afirmando que era desproporcional ao tamanho do problema (licitações fora de prazo) que já tinha sido resolvido com uma sindicância interna.

Segundo os promotores, a falta de policiais favorecia principalmente o crime organizado.

Cristina Esteche

Jornalista

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